Funciona ou não funciona a coleta regular de lixo na cidade de Porto Alegre?
No ano passado durante entrevista no “Conversas Cruzadas”, programa exibido pela TV COM, em 26 de dezembro de 2012, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT) declarou que “a coleta de lixo, recolhimento, não funciona, não tem funcionado, e a cidade tem ficado suja”. O leitor pode acessar aqui a íntegra da entrevista.

O diretor geral do DMLU ao afirmar “que as coletas regulares do DMLU funcionam”, contradiz a declaração do prefeito Fortunati, quando o chefe do Executivo Municipal de Porto Alegre diz que “a coleta de lixo, recolhimento, não funciona, não tem funcionado, e a cidade tem ficado suja”.
O certo é que a cidade de Porto Alegre continua a mesma, Porto Alegre continua suja.
E o problema, não é um novo modelo de gestão do lixo como insiste de dizer o prefeito Fortunati, e sim, a inexistência de gerência de resíduos.
Basta lembrar que o governo Fortunati terminou o ano de 2012, com quase uma dezena de contratos firmados sem licitação pública, e termos aditivos com adequação econômico-financeira do preço, que envolvem os serviços de coleta de resíduo sólido domiciliar pelo sistema tradicional, coleta seletiva, capina de ruas e avenidas da cidade, aluguel de containeres, transportes de resíduos de focos de lixo e coleta de resíduo público.
O DMLU de Porto Alegre tem pela frente, em 2013, a formatação de novos contratos de emergência e termos aditivos, a serem firmados com empresas privadas, sem que essas prestadoras de serviços se submetam a realização de concorrência pública nos moldes da Lei das Licitações (Lei Federal 8.666/93).
O sistema Único de gestão de lixo, como quer implantar o governo municipal, e defende veementemente o prefeito José Fortunati, é contestado pelo Ministério Público Estadual, conforme o processo número no. 1.12.0247801-9, ingressado em 16/10/2012 na Justiça do Rio Grande do Sul, que tem por réus o Município de Porto Alegre e o Departamento Municipal de Limpeza Urbana – DMLU.
Fortunati também declarou no “Conversas Cruzadas”, que “São Paulo hoje emprega o único modelo de gestão e que nós queremos empregar isto em Porto Alegre”.
O chefe do Executivo Municipal, prefeito Fortunati, não informou aos telespectadores da TV COM, que o modelo único da capital paulista que ele deseja muito empregar em Porto Alegre, também é questionado pelo Ministério Púbico de São Paulo.
E a licitação pública que viabilizou o sistema único do lixo na capital paulista, o conjunto de elementos interconectados, de modo a formar um todo organizado, o Ministério Púbico de São Paulo trata por fraudulento, tendo ingressado com a Ação Civil de Improbidade Administrativa, processo número 0031823-91.2004.8.26.0053, em 26 de novembro de 2004, que tramita na 8ª Vara de Fazenda Pública – Foro Central – Fazenda Pública.
Fonte: http://www.mafiadolixo.com/2013/01/funciona-ou-nao-funciona-a-coleta-regular-de-lixo-de-porto-alegre/
Nenhum comentário:
Postar um comentário