quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Atendente se escondeu em freezer para sobreviver ao incêndio em SM


Atendente se escondeu em freezer para sobreviver ao incêndio em SM

Jovem teve sintomas de pneumonia química no dia seguinte e foi internada

Flores e homenagens colocadas em frente à Boate Kiss, onde aconteceu a tragédia<br /><b>Crédito: </b> Tarsila Pereira
Flores e homenagens colocadas em frente à Boate Kiss, onde aconteceu a tragédia 
Em entrevista coletiva para atualizar sobre a situação dos pacientes em Santa Maria, o ministro da saúde, Alexandre Padilha, alertou sobre os perigos da intoxicação no incêndio. Ele contou a história a atendente da boate Kiss que, durante o incidente, escondeu-se no freezer para sobreviver. No dia seguinte à tragédia, ela precisou ser hospitalizada com pneumonia química. Intoxicação e queimaduras provocaram a morte de 235 pessoas no incidente.

“Ela voltou para casa e, só na noite do dia seguinte, a mãe percebeu que a respiração da menina estava ofegante. Depois de algum tempo, levou a filha para o atendimento médico, onde imediatamente ela teve que receber ventilação mecânica", detalhou. Padilha relatou, porém, que a paciente já recebeu alta do hospital.

Dessa forma, ele reforçou o alerta para que as pessoas que presenciaram o incêndio fiquem atentas a sintomas como tosse, cansaço e falta de ar. Mesmo para quem estava apenas em frente à boate, podem ser sinais tardios de comprometimento dos pulmões. Ele reforça que, com o passar do tempo, fica mais raro ter alguma complicação, mas ainda é preciso atenção.

O incêndio começou por volta das 2h30min de domingo. O público jovem participava de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado em uma forração de isopor.

As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início. Testemunhas relataram que, a princípio, parecia uma briga e os seguranças fizeram um cordão de bloqueio. Mas, quando viram que era um incêndio, liberaram a passagem.

Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram. Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimões, usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário