segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Muitos sabem que as árvores e outras plantas são responsáveis pelo processo de filtração do gás carbônico em oxigênio, logo, chamar a Amazônia de pulmão do planeta não é um exagero, muito menos lutar para protegê-la. No entanto, não são apenas as plantas terrestres que prestam esse serviço vital ao ecossistema. Debaixo da água do mar ou das águas doces, as algas - ou fitoplâncton - também produzem a fotossíntese, e são essenciais para a, digamos, ‘manutenção’ da nossa atmosfera.

Contudo, mesmo lidando diariamente com as consequências geradas pelo efeito estufa, aquecimento global e poluição, há quem ainda não entenda a importância da preservação do meio-ambiente como uma cadeia, um processo cíclico de vida vulnerável a qualquer alteração.

Atividades como a pesca predatória, o despejo de lixo e material químico nas águas acabarão por comprometer o equilíbrio vital do planeta, já que a superfície da Terra é 70% água (desse montante apenas 1% é potável, os outros 2% são as geleiras).

Não adianta sonhar com um desenvolvimento e progresso fazendo ambos acontecerem à custa da natureza. A construção de pontes, portos, túneis subterrâneos e arranha-céus pode ser gloriosa, mas não vamos nos esquecer que desrespeitar as leis naturais faz com que um belo dia venha um tsunami, um terremoto ou ainda um tornado e os derrube todos.

O Greenpeace Brasil elaborou um relatório muito importante sobre a preservação dos mares chamado À Deriva - Um Panorama dos Mares Brasileiros, dividido em quatro temas prioritários: Áreas Marinhas Protegidas, Estoques Pesqueiros, Clima e Política Nacional. Tal relatório deveria ser lido por todos, pois visa à conscientização de que os mares são um legado das pessoas e que devemos exigir sua preservação como um direito.

Abaixo estão detalhes dos capítulos do relatório divulgado no site do Greenpeace Brasil:

Mares desprotegidos

O mar quando quebra na praia é bonito, mas também poluído e degradado em termos de biodiversidade e recursos pesqueiros. Os oceanos, que cobrem mais de 70% da superfície do planeta e são fundamentais para o seu equilíbrio climático, estão agonizando em praia pública. E apesar de todos os sinais do iminente colapso, pouco ou nada se faz para evitar essa catástrofe

Ilusão da fartura infinita

A imensidão do mar sempre nos deu a sensação de que temos uma fonte inesgotável de comida logo ali, no litoral. Não é bem assim. Apenas 10% dos oceanos são produtivos em termos de pesca, os 90% restantes são quase desérticos. Mas ainda assim deles retiramos boa parte de nosso sustento alimentar. O problema é que tiramos e tiramos recursos do mar, sem dar tempo para ele se recompor. E de onde tudo se colhe e nada se planta, tudo pode acabar.

Amortecedor climático do planeta

Não se fala de outra coisa: o aquecimento global está aí e tem causado inúmeros problemas no planeta. Mas o que não se comenta é o papel fundamental dos oceanos nessa história toda. São eles o grande amortecedor climático do planeta e vêm acomodando a variação da temperatura desde os tempos da Revolução Industrial (século 18). Mas para tudo há um limite e este chegou também para os oceanos.

Prioridade Nacional

O Brasil tem uma Secretaria de Pesca (Seap), um Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), um Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Marinha, mas... quem cuida do mar, afinal? Ninguém sabe, nem os integrantes dos órgãos citados. O descaso brasileiro em relação ao mar é por falta de uma organização na gestão, ausência de governança e falta de prioridade. São vários setores do governo cuidando da mesma questão e deixando várias outras à deriva.

Baixe o relatório À Deriva - Um Panorama dos Mares Brasileiros

Fonte e imagem: Divulgação/ Greenpeace Brasil

Quadrilha atraía estrangeiros para caça ilegal no Pantanal

É doloroso saber que o Pantanal está se tornando local clandestino de caça criminosa a animais de grande porte, entre eles a onça pintada. A Polícia Federal prendeu oito suspeitos durante a operação Jaguar nessa semana. Argentinos, norte-americanos e outros estrangeiros estavam frequentando a região para abater os animais, como é realizado em parques de caça em países como o Canadá, Estados Unidos, entre outros. Contudo, o mais chocante está em saber que essa agressão à fauna brasileira estava sendo comandada por três brasileiros, entre eles um policial militar do Mato Grosso, e acobertada por um integrante do Ibama.

Dentre as onças mortas, várias eram animais monitorados pelo Ibama, na intenção de salvar a espécie da extinção. De acordo com a PF, os “turistas” chegavam a pagar até 15 mil dólares para participar durante as caças. As carcaças dos animais eram, depois, levadas para serem empalhadas.

Trata-se de prática criminosa cuja gravidade deve ser multiplicada, enquanto diversas Ong’s e o Ibama se esforçam para proteger os animais ameaçados, há ainda quem consiga abater um animal e chamar tal prática de “esporte”.

É importante ressaltar que a Polícia Federal obteve êxito graças às denúncias de habitantes da região. Quem presencia tal crueldade tem a obrigação de denunciar. Enquanto o brasileiro não respeitar e valorizar seu próprio país, não haverá segurança para ninguém, do animal silvestre à totalidade da nação.

Fonte: Folha Online

Crueldade sem limites

A crueldade com os animais infelizmente parece não ter limite. Na semana passada, durante a checagem de raio-X no aeroporto de Bancoc, na Tailândia, a polícia descobriu um filhote de tigre amordaçado dentro da mala de uma mulher. O filhote estava praticamente sufocado entre a bagagem no interior da mala fechada. Junto ao animal, estavam bichos de pelúcia, numa inábil tentativa de enganar a segurança.
A criminosa ignorava que no raio-X bichos de pelúcia não exibem ossos...

De acordo com as fotografias divulgadas pela Folha Online, o filhote sobreviveu.

É hora de punir mais efetivamente quem comete tal crueldade contra os animais. E também aqueles que incentivam o tráfico deles. Quem não tem respeito pela vida de seres inocentes certamente não pode ser considerado menos que um criminoso cruel.

Denuncie:


IBAMA – Linha Verde: 0800-61-8080


Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais - http://www.renctas.org.br/pt/informese/denuncie.asp

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

DIREITO AMBIENTAL

                                                      
                                             Democracia doente

Não podemos deixar que transformem em propriedade o que é legado da humanidade, A clara manipulação que está ocorrendo no Congresso Nacional para que o relatório da reforma do Código Florestal do deputado Aldo Rebelo (PCdoB) seja a provado é maiexemplo de conduta vergonhosa em nosso Legislativo. Uma proposta que mal pretende disfarçar os interesses daminoria agricultora no país, passando por cima da mínima noção de responsabilidade ambiental.


O relatório já foi aprovado no Congresso por 13 votos a cinco e vai aguardar aprovação no plenário após as eleições. É interessante observar como essas propostas aparecem em período de transição de mandatos, quando as atenções estão mais esparsas.

Mais uma vez, os membros do Legislativo, cujo papel é representar a vontade do povo brasileiro, estão agindo em favor de seus próprios interesses ou protegidos, arrastando nossa democracia de volta aos tempos do coronelismo. A remoção do deputado ambientalista Ricardo Trípoli (PSDB) da comissão especial dois dias antes da votação é um visível exemplo disso.

Um tema de importância vital – e que o termo ‘vital’ seja entendido no sentido literal – não pode ser conduzido da forma como está acontecendo. Parece ser necessário explicar mais uma vez a esses políticos que o meio-ambiente não é propriedade, é legado. E de todos.

Tal assertiva sugere que seria muito mais justo que uma reforma no Código Florestal fosse posta a referendo (art. 14, CF), para que o povo – real legitimador do governo – se expressasse sobre o assunto. Obviamente que não é do interesse daqueles que não representam a vontade popular que isso ocorra. Principalmente se a opinião dos que perderam tudo com as enchentes do ano passado e do atual forem ouvidos. Ou aqueles que sofreram com as doenças potencializadas pelas altas temperaturas e chuvas constantes, ou pela seca cada vez pior.

Num momento em que o mundo todo discute formas de assumir medidas que impeçam o desmatamento, o Brasil, tão alardeado nas conferências mundiais, vai permitir que tantos passos sejam dados para trás.

A saída é, além de tomar muito cuidado na hora de votar neste ano, exigir que um assunto tão importante como as leis florestais seja discutido por meio de um mecanismo de representação popular direta, já que o Congresso está do lado da moto-serra.

TRAGÉDIA AMBIENTAL














Uma mancha na indústria petrolífera


Mais de quarenta dias depois do naufrágio da plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum, ter ocorrido no Golfo do México, e depois de uma tentativa frustrada de conter o vazamento de petróleo, uma nova solução ainda está por vir. O que muitas pessoas devem estar se perguntado durante todo esse ‘longo’ e penoso tempo, no qual, 1,9 milhões de litros diários de óleo se espalham no mar é “por que a demora em deter o vazamento”?

 Todos nós estamos cientes dos desafios que envolvem vedar o fluxo de óleo e gás de um poço a 1.600m de profundidade, porém, nos sentimos totalmente inseguros em constatar que não existe um plano B no caso de uma plataforma afundar. Afinal, se existisse de fato um plano, ele teria sido colocado em ação imediatamente, após o ‘acidente’. Os dispersantes utilizados no mar, para conter o óleo, não são 100% eficientes e seguros. Imagens aéreas mostram manchas fragmentadas de óleo que continuam poluindo o mar. Após o fracasso da operação para selar o poço defeituoso do dia 26 de maio chamada ‘top kill’, engenheiros da British Petroleum buscam uma outra ‘alternativa’ para reter o vazamento. E, os novos procedimentos não são garantidos, segundo informa a própria empresa.

Consequências - A tragédia deixa um saldo de 11 mortes, 17 feridos, além da mancha negra que se estende por mais de nove mil quilômetros quadrados da costa litorânea americana e compromete o frágil ecossistema marinho da região. Como, por exemplo, as delicadas restingas no delta do Mississipi. As consequências do maior desastre ambiental dos EUA ainda não podem ser avaliadas, mas o vazamento de óleo já superou o acidente provocado pelo petroleiro Exxon Valdez no Alasca, em 1989. Além de colocar em risco a fauna e a flora dos estados do Mississipi, Louisiana, Flórida e Alabama, Cuba e México também estão ameaçados pela mancha de óleo que continua vagando, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).

Prevenção – O desastre no Golfo do México deixou evidente a falta de estrutura diante de um problema tão caótico que é o derramamento de petróleo: a falta de um item de segurança, que pouparia vidas humanas e marinhas. Segundo informa a revista IPS - Petróleo & Energia, a poderosa indústria petroleira dos EUA e seus contratados dispensaram o uso obrigatório do ‘switch acústico’ – um dispositivo por controle remoto que detém a extração de petróleo em caso de algum contratempo. No Brasil e na Noruega o dispositivo é usado e custa cerca de U$ 500 mil. Preocupante saber que uma compania o ignorou, especialmente porque, só na área norte-americana operam cerca de 3.900 plataformas submarinas.

A extração de petróleo em águas cada vez mais profundas coloca em risco operações complexas e arriscadas tanto para o homem como para o meio ambiente. A riqueza de um planeta não se mede apenas pelo valor econômico, mas de reservas ambientas que estão cada vez mais escassas. A natureza vive sem o homem, mas o homem dificilmente viverá sem a natureza.

Fontes:

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/06/eua-abrem-investigacao-criminal-sobre-vazamento-no-golfo-do-mexico.html
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100531/not_imp559239,0.php
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/05/31/vazamento-de-oleo-nos-eua-pode-durar-ate-agosto-dizem-tecnicos.jhtm





Marketing Ecológico - O que é negócio também pode se tornar exemplo










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Várias empresas estão adotando o ‘marketing ecológico’ para divulgarem seus produtos ao consumidor. As campanhas publicitárias vão além de vincular o conceito de sustentabilidade à marca, elas ‘incentivam’ o consumidor a participar ou se comprometer a uma causa ambiental

A Danone, por exemplo, com o slogan “Danoninho pra Plantar” oferece um sachê com sementes, anexo à bandeja de iogurte, para plantar no próprio potinho após o consumo do produto. A criança também pode ‘cultivar’ uma árvore virtual na “Floresta do Dino” ao acessar o site da marca. Para cada árvore virtual cultivada, o consumidor contribui para o reflorestamento de um metro quadrado de floresta por meio da parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas. A Avon começou um projeto parecido chamado “Viva o amanhã mais verde” – cada $ 2,00 doados representam a vida de uma nova árvore. A empresa de cosméticos doou, inicialmente, um milhão de dólares para plantar um milhão de árvores na Mata Atlântica. A campanha é feita junto com a UNEP – Programa Nações Unidas para o Meio Ambiente. O Sport Club Corinthians e o Banco Cruzeiro do Sul adotaram o slogan: “Jogando pelo meio ambiente”, que promete plantar 100 espécies de plantas nativas por gol feito. As mudas serão cedidas ao governo estadual paulista, que irá disponibilizar a área para o plantio.

Em 2007, a Ypê saiu na frente com o marketing: “Ypê plantando árvores para você”, com a ONG SOS Mata Atlântica, no qual plantou 200 mil árvores em Campinas, SP. Além de impulsionar as vendas do ‘detergente’, que contém tensoativo biodegradável, a marca foi vencedora do prêmio Folha Top of Mind, na categoria Top Meio Ambiente, de 2009.

Investir na preservação da natureza é um ótimo negócio, pois só traz benefícios – ninguém perde, todos ganham, além de agregar valor positivo à marca. Nenhuma corporação quer ter seu nome relacionado a um produto que desrespeita o meio ambiente e não valoriza o consumidor. Esta é uma das razões pela qual se combate tanto o comércio pirata, que passa longe de qualquer controle de qualidade. Os preços baixos não compensam os prejuízos materiais e ambientais que causam. Por isso, apesar da iniciativa de ‘plantar’ ser boa, ela não é suficiente para compensar as emissões de CO2 na atmosfera, se as empresas não controlam ou evitam que outros poluentes cheguem ao ar. De acordo com o Instituto Ecoar, em média cada árvore absorve 180 kg de CO2 em 30 anos.

Logística Reversa – Algumas empresas fazem ações mais efetivas para amenizar futuros danos na natureza como, por exemplo, evitar o descarte do lixo eletrônico em lugares inadequados. A indústria eletrônica e entidades das mais variadas áreas engajadas nesse mesmo objetivo disponibilizam postos de coleta. A empresa HP brasileira recebe baterias e impressoras descartadas pelos clientes, nas lojas de serviços autorizados. Após a coleta, o material é encaminhado para dois centros próprios da HP para reciclagem nos EUA. A fabricante de celulares americana Motorola, assim como a Apple e Sony, recolhe os próprios equipamentos usados para serem reaproveitados na linha de produção. O banco Santander oferece aos clientes que possuem o cartão Van Gogh o serviço “Descarte Certo” de coleta e transporte do lixo eletrônico. O caminho inverso do consumidor de volta à empresa é conhecido como ‘logística reversa’, ou seja, a reciclagem de equipamentos usados. A Natura e o Boticário investem na reciclagem de suas embalagens, que podem ser devolvidas por meio de consultores ou nas lojas, respectivamente.

A Natura, por exemplo, vai mais além, ela mantém um controle rigoroso de cada etapa da cadeia de produção. A empresa dispõe, em seu site, relatórios anuais detalhados do desempenho ambiental. A linha de sabonetes Ekos é feita por 263 famílias de diferentes comunidades na Amazônia, utilizando sistemas que conservam cerca de 100 km de floresta, e mantêm três mil árvores nativas em pé. Em 2009, a Natura foi eleita a ‘empresa mais admirada do Brasil’, no item responsabilidade social, da revista Carta Capital.

Quando o marketing ecológico se torna um compromisso com a sociedade e com o planeta, sem alvejar apenas o lucro, ele supera as expectativas e firma parceria com o consumidor, que é seu maior beneficiário. Porque cuidar do planeta é responsabilidade de todos.

Para consultar empresas e produtos amigos da natureza:


http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI8493-15224,00.html

ECO-ECONOMIA

 Programa Defensores do Clima da WWF oferece opção ecológica ao setor privado














O aquecimento global é uma crise real e sem precedentes. Naturalmente, os gases que, acumulados, geram o efeito estufa, garantem a vida na Terra tal e qual a conhecemos. Em teoria, a energia solar deveria entrar na atmosfera e sair logo em seguida - fenômeno semelhante ao de um espelho. Graças ao carbono e seus pares, porém, uma alta porcentagem de calor é mantida, e não dissipada. Tal fato permite que a temperatura média do planeta atinja os 15ºC; se não fosse assim, ela circularia em torno dos -18ºC.


O grande problema é quando o balanço destes gases é modificado a partir de atitudes antrópicas. Perde-se o equilíbrio, acumula-se maior quantidade de calor. O último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) das Nações Unidas afirma, com 90% de certeza, que o homem é o culpado pelo excesso de concentração de carbono na atmosfera. Basicamente, os problemas começaram com a Revolução Industrial e se distribuíram, ao longo dos anos, pelos diversos setores da sociedade.

O único acordo legalmente vinculante de redução das emissões de gases estufa entre os países é o Protocolo de Quioto, assinado em 1997 e ratificado em 2005, com o ‘sim’ da Rússia. Em resumo, até 2012, as nações do Anexo I (países desenvolvidos, portanto, historicamente responsáveis pelas alterações no clima) precisam cortar, em média, 5,2% do lançamento de gases estufa realizados em âmbito doméstico durante 1990, ano-base do Tratado.

Na última COP-15, realizada em dezembro, na Dinamarca, embora avanços fossem feitos em alguns assuntos, como o financiamento para adaptação aos efeitos das mudanças climáticas, os negociadores não chegaram a um consenso sobre vários temas chaves como novas metas de redução de emissões, prazos e regras das transferências de tecnologia e capital para países em desenvolvimento.

A Natura, durante a mesma conferência em Copenhague, mostrou que pensa diferente quando o assunto são as ações em favor da natureza. Ela pegou a caneta e assinou uma parceria de médio prazo com o WWF-Brasil. Embora os termos sejam simples, os resultados tendem a contribuir muito para uma economia de baixo carbono: redução, até 2012, de 10% no lançamento de gases causadores de efeito estufa em seu processo produtivo, com base em 2008. Em outras palavras, ela vai substituir o combustível fóssil em seus fornos e frotas de veículos por etanol e biomassa, energias renováveis.

A adesão do mundo corporativo às técnicas de combate às mudanças climáticas é de extrema relevância, uma vez que o consumismo sem restrições é um dos maiores vilões do esgotamento dos recursos naturais e, também, do acúmulo de carbono na atmosfera. Em seu livro “Eco-economia”, o cientista norte-americano e fundador do World Watch Institute, Lester Brown, pede por uma sociedade baseada em energias alternativas, e não em petróleo e derivados.

O Programa Defensores do Clima, da Rede WWF, oferece esta oportunidade ao setor privado. Através do engajamento direto nas soluções, a empresa pode ser líder em seu segmento e auxiliar nas políticas climáticas. Mas, ao mesmo tempo, o ingresso no compromisso significa, também, um auxílio essencial aos negócios em busca de uma economia de baixo carbono.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Na COP-16, Marina alerta para o risco de retirada de poder fiscalizatório do Ibama

Em sua primeira intervenção durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, (COP-16) realizada em Cancún (México), a senadora Marina Silva (PV-AC) voltou a chamar atenção para as dificuldades que poderão ser criadas à ampliação do processo de proteção ambiental, caso sejam aprovadas mudanças no artigo 23 da Constituição Federal com o objetivo de transferir aos Estados e municípios o poder fiscalizatório que hoje é de competência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais).

Durante encontro promovido pelos movimentos sociais e pelo Observatório do Clima, rede brasileira para debate sobre as mudanças climáticas globais, Marina afirmou que, se for levado a cabo a iniciativa dos deputados federais, o Brasil terá muitas dificuldades para cumprir as metas assumidas pelo governo para redução do desmatamento e das emissões de gases efeito estufa.

O Senado tem até o dia 17 para apreciar o projeto da Câmara e enviá-lo à sanção presidencial. “A sociedade civil precisa cobrar coerência do governo com metas e esforços feitos ao longo dos últimos anos, feitos pelo próprio governo, para evitar a degradação ambiental no país”, disse a senadora.

De acordo com Marina, as alterações no artigo 23 criam condições para que se promovam mudanças também no Código Florestal, como desejam setores do agronegócio para facilitar o avanço de suas atividades em detrimento da preservação das florestas.

Sobre a proposta de revisão do Código Florestal em tramitação também na Câmara, a senadora afirmou que sua discussão será adiada porque o atual governo não pretende deixar para a próxima gestão, da presidente eleita Dilma Rousseff, a responsabilidade de vetar ou não as proposições do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP).

“Para evitar o desgaste político, o governo adota uma postura que abre a oportunidade para que se faça a discussão adequada sobre o assunto”, comentou a parlamentar.

O Código Florestal, lembrou Marina, foi elaborado para proteger as florestas. O que se opõe a isso deve ser rejeitado. “Imaginem o que significaria alterar os Estatutos da Criança e do Adolescente ou o do Idoso para retirar os tópicos que protegem crianças e idosos. Esses dispositivos perderiam sua razão de ser. O mesmo vale para o Código Florestal.”

A legislação florestal precisa ser atualizada, concorda Marina, mas sem que isso afete os ganhos da Constituição de 1988 as políticas de manejo sustentável florestal.

“Temos que debater como introduzir políticas públicas em áreas de florestas e como aumentar a produção do agronegócio pelo ganho da produtividade”, ressaltou a ex-presidenciável do PV. “Hoje, por exemplo, há um emprego para cada 400 hectares. As novas tecnologias já permitem que se crie um emprego em cada 80 hectares.”

“Não podemos aceitar que um grupo que não se conforma com os avanços conquistados na Constituição de 1988 tente a qualquer momento promover o retrocesso”, concluiu Marina.

Foreign Policy: Marina Silva está entre os 100 maiores formadores de opinião do mundo

A senadora Marina Silva (PV-AC) está entre os 100 maiores formadores de opinião do mundo no ano de 2010, segundo ranking publicado pela revista Foreign Policy. Marina divide a 32ª colocação com outras três líderes mundiais ligadas a Partidos Verdes: Monica Frassoni (Bélgica), Cécile Duflot (França) e e Renate Künast (Alemanha). A revista norte-americana é uma das principais publicações mundiais sobre política global, economia, integração e ideias.

De acordo com os editores, “2010 transformou-se no ano dos verdes – mais especificamente, das mulheres verdes”, após o pouco avanço obtido na reunião na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), realizada, em dezembro de 2009, em Copenhague.

Marina e as outras três líderes foram escolhidas por compartilhar a convicção de que o meio ambiente é o desafio deste século e de que há necessidade de os países partirem para uma economia de baixo carbono. Em artigo publicado na edição deste mês, a revista destaca que Marina também “surpreendeu a todos ao forçar a realização do segundo turno das eleições presidenciais no país”, tornando mais forte a atuação do Partido Verde no Brasil.

O ranking da Foreign Policy traz na primeira colocação o fundador da Microsoft, Bill Gates, e o investidor Warren Buffett. Também figuram no ranking o presidente norte-americano, Barack Obama, o casal Clinton e a chanceler alemã, Angela Merkel. Outro brasileiro citado na lista é o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que ficou com a sexta colocação.

Veja o ranking no link abaixo:

http://www.foreignpolicy.com/2010globalthinkers

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

PV do Rio Grande do Sul se reune após eleições

Neste sábado 04 de dezembro de 2010 o PV do RS se reuniu em clima confraternização em uma Chácara na Vila Nova em Porto Alegre. Os presentes se manifestaram sobre idéias de trabalho desenvolvidos em diversas regiões do RS. O tema dominante foi a organização do PV pós eleições. Uma das questões levantadas foi o novo crime ambiental que sofre o Rio do Sinos. A situação está sendo investigada pelo Ministério Público. O Partido Verde do RS que veementemente chama atenção dos gaúchos sobre a preservação dos recursos naturais. O PV reedida a Carta do Rio do Sinos sem mudar uma vírgula exeto, data e local. Pois o mesmo conteúdo foi apresentado as autoridades públicas e a imprensa gaúcha também em 2007.

VEJA CARTA ABAIXO.

CARTA DO RIO DO SINOS:MANIFESTO DE REPÚDIO A ACEITAÇÃO DA MORTE DO RIO

O PARTIDO VERDE, reunido na Câmara de vereadores de Novo Hamburgo , nos dias 06 e 07 de outubro de 2007,( Porto Alegre em 04 de Dezembro de 2010 ) em atividade alusiva a tragédia ocorrida em outubro de 2006 e dezembro de 2010, considerando:

- A SITUAÇÃO DA MORTE DE MAIS DE 85 TONELADAS DE PEIXES OCORRIDA EM OUTUBRO DE 2006; ( Morte de mais de 17 toneladas em dezembro de 2010 )

-que a mortandade NÃO GEROU NOVOS PROCEDIMENTOS EFICIENTES E EFICAZES, bem como investimentos para tratamento das condições críticas na qual se encontra o Rio do Sinos;

- a importância da bacia hidrográfica do Rio do Sinos no abastecimento público e usos múltiplos das águas;

- o ESTADO AMBIENTAL PRECÁRIO de suas águas utilizadas pela população dos 32 municípios, com um contingente populacional de mais de 1,3 milhões de usuários;

- a FALTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS adequadas ao tratamento da GRAVE SITUAÇÃO na qual o Rio do Sinos se encontra;

- a FRAGILIDADE, DESCONTINUIDADES E PRECARIEDADE das administrações públicas, em especial dos órgãos envolvidos na proteção ambiental e no abastecimento de águas para as comunidades da bacia hidrográfica;

- a necessidade de construção de NOVOS MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAS com compromisso na DEFESA DA VIDA E NA PROTEÇÃO DO AMBIENTE como um todo, torna público que o PARTIDO VERDE se compromete:

1-Em difundir e ampliar o debate qualificado sobre as alternativas para garantir o desenvolvimento sócio-econômico com a proteção ambiental sustentável;

2-Em elaborar e executar políticas públicas comprometidas com a recuperação, proteção e melhoria da qualidade ambiental da bacia do Rio do Sinos;

3-Em defender a qualificação, ampliação e fortalecimento das estruturas técnico-administrativas dos órgãos de meio ambiente nas instâncias correspondentes (municipal, estadual e federal);

4-Na elaboração de material informativo qualificado sobre a realidade ambiental do Sinos, ampliando as ações de educação ambiental formal e informal, bem como proporcionando a difusão de dados por intermédio dos meios de comunicação, ampliando o conhecimento e qualificando o senso crítico da população sobre o tema;

5-Na defesa da qualificação da administração pública responsável, combatendo a descontinuidade e a gestão ineficiente, em especial da corrupção e do desperdício dos recursos públicos;

6-Promover a inserção da variável ambiental em todas as políticas setoriais, como habitação, saneamento, segurança, transporte, educação, entre outras, qualificando os resultados e promovendo a inovação científica e tecnológica;

7-Promover ações de despoluição do Rio do Sinos a curto, médio e longo prazo, estimulando o envolvimento e o comprometimento social;

8-Desenvolver programas e projetos de reciclagem, recuperação da mata ciliar dos arroios formadores e Rio do Sinos, integrando os setores públicos e privados;

charge do dia

DENÚNCIA GRAVÍSSIMA,VEREADOR SABIA

VEREADOR SABIA!!!

Também é preciso esclarecer a informação que nos foi passada, de que um vereador da Camara de Vereadores de Estância Velha,havia recebido documentos referente a suspeição desse favorecimento ilícito, porém silênciou.,e não tomou nenhuma atitude esperada de um vereador.
 Afinal, para que serve um vereador, se não fiscalizar o Executivo?

Fonte. http://blog.odiario.net/isaiasrheinheimer/

DIRETOR DE COMPRAS DE ESTÂNCIA VELHA É EXONERADO

SAIU

Na sexta-feira tivemos mais uma baixa na Prefeitura. O diretor de Compras, Eduardo Cardoso, o pastor Eduardo, da Igreja Quadrangular, foi afastado até que uma sindicância interna conclua a investigação de uma denúncia contra ele. Há suspeita do favorecimento do irmão de Eduardo na prestação de serviços para Prefeitura, o que não é permitido.

DOCUMENTOS

Documentos comprovam a contratação do irmão do ex-diretor para a realização de inúmeros serviços. Na sexta-feira, abordamos a denúncia na coluna, e alertamos a necessidade de uma investigação do Ministério Público. O afastamento do ex-diretor foi providencial para não afetar diretamente o prefeito. Tão logo se tem a dúvida, é necessário cortar o mal pela raiz para não infestar o restante da administração. O prefeito Waldir Dilkin afirma que não tinha conhecimento da irregularidade.

DEMISSÕES

Durante o perídio em que Eduardo Cardoso esteve comandando o Departamento de Compras, três funcionários pediram demissão dos cargos. Os pedidos de demissão até então eram um mistério, mas agora podemos chegar a algumas conclusões.

VEREADOR SABIA

Também é preciso esclarecer a informação que nos foi passada, de que um vereador havia recebido documentos referente a suspeição desse favorecimento ilícito, porém silenciou. Afinal, para que serve um vereador, se não fiscalizar o Executivo?

DIVULGAÇÃO

Assim que a sindicância for concluída, o Executivo se comprometeu de divulgar o resultado e as medidas que irá tomar sobre os responsáveis. No entanto, o que mais interessa nesse momento, na minha humilde opinião, é saber que a irregularidade não continuará.

Fonte. http://blog.odiario.net/isaiasrheinheimer/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

charge do dia

Diretor de Compras Eduardo Cardoso é afastado

Suspeição de favorecimento do irmão, fez com que o diretor de compras Eduardo Cardoso, o pastor Eduardo, da Igreja Quadrangular, fosse afastado da função até que seja realizada a sindicância interna para investigar os fatos.

sábado, 4 de dezembro de 2010

O QUE SERÁ QUE ESTÁ ACONTECENDO!!!

Publicado na coluna tô de olho
Jornal o Minuano
http://jornalominuano.net/
Muito suspeito

De 25 a 30 de novembro eu me ausentei da cidade. Ao retornar me deparei com algo muito suspeito em minha caixa de correio. Um envelope de papel pardo, lacrado, dentro, alguns documentos público. Interessante... Alguém ousou tornar publico a coisa pública, se utilizando de mecanismos não muito ortodoxos. Os documentos além de suspeitos, politicamente comprometedores. Provas que podem complicar gente grande. No mínimo favorecimento ilícito de parente (irmão) de funcionário de confiança no alto escalão. Segundo consta, a eminência parda foi cientificada dos fatos. Já este colunista enviou os documentos aos órgãos competentes para que seja apurada a veracidade dos mesmos

Rosane,vereadora PT manda recado

Publicado na coluna tô de olho
Jornal o Minuano
http://jornalominuano.net/

Pelo acordo político firmado no final de 2008, a vereadora Maria Rosane Morsch, do PT, deverá ser a presidenta da Câmara Municipal de Estância Velha para o Exercício 2011. Porém, uma manobra política, há dias atrás, mudou o Regimento Interno da Câmara, e colocou em risco as pretensões de Rosane. O atual presidente pode se reeleger. Com a possibilidade concreta da reeleição de Toma Foscarini, também do PT, Rosane disparou: “Se eu não for à presidenta da Câmara em 2011, o partido pode iniciar o processo de minha expulsão, eu vou contar tudo”. Conta logo Rosane, o povo quer saber o que tu sabes.

Tem algo cheirando mal na Prefeitura

Coluna Isaias:
Curtas 3/12 
DENUNCIAS

Na quarta-feira, recebemos denúncias gravíssimas, com provas documentais. As informações precisam ser checadas antes de qualquer coisa, mas posso adiantar que fazem sentido. Confirmei a veracidade de alguns documentos. Pela gravidade da denúncia e pelo pouco que consegui apurar, acho que isso é coisa para o Ministério Público investigar também. Hei, senhor corrupto, pede pra sair!

http://blog.odiario.net/isaiasrheinheimer/

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Marina parabeniza Dilma por ser eleita

Em entrevista à imprensa na noite deste domingo (31), Marina Silva (PV) parabenizou Dilma Rousseff (PT) pela vitória da petista na disputa à sucessão ao Palácio do Planalto.

“Aquela que foi durante todo este processo eleitoral a candidata de uma parte, a partir deste momento passa a ser a escolhida pela sociedade brasileira para, como Presidente da República, representar a todos nós”, afirmou Marina na coletiva de imprensa concedida em sua residência na asa Sul de Brasília.

Campanha de Marina declara R$ 24 mi em doações

Cerca de R$ 24 milhões foram doados à campanha da senadora Marina Silva (PV) ao Palácio do Planalto. Terceira colocada no primeiro turno, Marina recebeu dinheiro de pequenos doadores, que contribuíram por meio de cartão de crédito, e de grandes empresas, como construtoras e bancos. O maior doador foi Guilherme Peirão Leal, candidato a vice na chapa e acionista da empresa de cosméticos Natura. De acordo com a prestação de contas disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele doou quase R$ 12 milhões.

Outros grandes doadores foram as construtoras Andrade Gutierrez, com R$ 1,1 milhão, e Camargo Correa, com R$ 1 milhão, o banco Itaú Unibanco, com R$ 1 milhão, as fabricantes de aviões Embraer, com R$ 425 mil, e de bebidas Ambev, com R$ 400 mil, e a empresa Suzano Papel e Celulose, com R$ 532 mil. Um dos homens mais ricos do mundo, o empresário Eike Batista também está entre os doadores da campanha de Marina Silva. Ele contribuiu com R$ 500 mil.

Pela prestação de contas protocolada no TSE, a campanha de Marina informou que as despesas e receitas foram iguais. Assim como ocorrerá com todos os candidatos, as contas de Marina terão de ser julgadas pelos ministros da Corte. Todos os candidatos que não foram para o segundo turno têm até o final do dia de hoje para apresentar as suas prestações de contas à Justiça Eleitoral. Em alguns Estados, os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) prorrogaram esse prazo para até amanhã por causa do feriado de Finados.

PSDB aumenta domínio nos governos estaduais

Com os resultados do segundo turno das eleições, ontem, no Distrito Federal e em oito Estados, PSDB e DEM expandiram seu controle sobre um núcleo de administrações estaduais de oposição ao Palácio do Planalto que, com a eleição de Dilma Rousseff, será comandado por mais quatro anos pelo PT.

Computadas também as vitórias que tiveram no primeiro turno, tucanos e democratas consolidarão, com o comando de dez Estados (oito do PSDB e dois do DEM), a partir de 1.º de janeiro, uma espécie de corredor de governos antipetistas que começa na Região Sul, pega a maior parte do Sudeste, sobe pelo Centro-Oeste e vai acabar no Norte.

Em linhas gerais, e com algumas exceções, os partidos da base governista vão ficar concentrados nas 'pontas' do mapa - a maior parte do Nordeste, Espírito Santo e Rio, Rio Grande do Sul e, no outro lado, Mato Grosso, Rondônia, Acre e Amapá.

O 'corredor oposicionista' começa em Santa Catarina, sobe pelo Paraná e São Paulo, entra para o interior em Minas Gerais, avança para o oeste em Goiás, sobe para Tocantins, depois Pará e vai acabar em Roraima. Desse grupo de Estados, apenas os catarinenses serão governados pelo DEM - os demais terão governos tucanos.

Somados, seus votos equivalem a 49,14% dos 135.804.433 de eleitores brasileiros. Se forem computados os votos de outros dois governos oposicionistas - Rio Grande do Norte, do DEM, e Alagoas, do PSDB -, serão 71.023.787 de eleitores, mais da metade do total - 52,3%. O cruzamento das votações de presidente e governador, contudo, mostrou diferenças. Em várias unidades da Federação, a votação dos candidatos a presidente não seguiu os votos para governador.

Nos nove pleitos do segundo turno realizados ontem, o PSDB venceu em quatro Estados; o PSB, em outros três; e PT e PMDB conquistaram, cada um, uma administração estadual.

Governistas

A base do governo obteve também algumas vitórias importantes no segundo turno. O PSB, por exemplo, ganhou os governos de Piauí, Amapá e Paraíba, somando-se às vitórias no primeiro turno em Pernambuco (onde reelegeu o governador Eduardo Campos), no Ceará (onde também reelegeu Cid Gomes) e no Espírito Santo (onde chegou à vitória com Renato Casagrande). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 31 de outubro de 2010

Segundo turno registra maior percentual de abstenções desde 1989

Em 2006, 18,99% dos eleitores não compareceram para votar no 2º turno.Em 2002, quando Lula venceu Serra, 2º turno teve 20,46% de abstenções.
Com 99,70% dos votos apurados, a abstenção no segundo turno da eleição presidencial deste ano chega a 21,47%, maior índice registrado desde 1989, quando o Brasil voltou a eleger seu governante de forma direta, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em 2006, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou o tucano Geraldo Alckmin, 18,99% dos eleitores não compareceram para votar no segundo turno. Em 2002, quando Lula venceu José Serra (PSDB), o segundo turno teve 20,46% de abstenções.
Em 1989, ano em que Fernando Collor derrotou Lula no segundo turno, o índice de abstenções no país ficou em 14,40%.
Estados

Em São Paulo, com 99,99% dos votos apurados, o temor de que houvesse uma abstenção elevada por causa do feriadão não se concretizou. Ela está em 19,15%, abaixo do percentual registrado em todo país. No entanto é maior do que no primeiro turno (15,37%).

Nos estados do Sudeste, o maior percentual de abstenções ocorreu no Rio Janeiro, onde 21,03% não compareceram. No Espírito Santo, ficou em 20,93%. Em Minas Gerais, com 99,98% dos votos apurados, ela está em 20,98%.

O maior percentual de abstenções registrada na eleição presidencial nos estados foi no Maranhão. Com 99,86% dos votos apurados, 29,52% não compareceram. Depois aparece o Acre. Com 97,32% da apuração concluída, o índice está em 28,18%.

Dilma é eleita 1ª mulher presidente do país

Às 19h55min de 31 de outubro de 2010, após 121 anos de tradição republicana, o Brasil elegeu a primeira mulher presidente de sua história.

 Com quase 90% dos votos apurados, segundo a contagem oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dilma Vana Rousseff, 62 anos, somou mais de 49 milhões de votos, abriu uma diferença impossível de ser revertida em favor de seu adversário, o tucano José Serra, e garantiu sua entrada no Palácio do Planalto para um mandato de quatro anos.

 Além de marcar uma histórica vitória feminina nas disputas pelo comando do país, o resultado do pleito deste domingo representa a eleição da primeira líder política com fortes laços com o Rio Grande do Sul desde que o general Ernesto Geisel, nascido em Bento Gonçalves, deixou o poder em março de 1979.

 Por ironia, foi justamente por combater o governo militar sustentado por Geisel que a ex-guerrilheira convertida em sucessora de Luiz Inácio Lula da Silva, nascida em Belo Horizonte (MG), teve o rumo de sua vida direcionado para Porto Alegre. Radicada em solo gaúcho após ser presa como subversiva, na nova cidade construiria sua família, a carreira política, e daria início à ascensão ao mais alto cargo público do Brasil.

Aécio e Marina lideram apostas para 2014

Com a eleição presidencial polarizada pela petista Dilma Rousseff e pelo tucano José Serra, uma corrida política paralela foi deflagrada para garantir posições vantajosas na disputa de 2014. Assim, projetos nacionais de poder já foram incubados em várias disputas regionais.

Alguns desses movimentos foram bem claros. É o caso do ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB) e da senadora Marina Silva (PV-AC). Mas há outros nomes desde já de olho na disputa de 2014: os governadores eleitos de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do Paraná, Beto Richa (PSDB), além dos governadores reeleitos de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB).

Assim como Marina e Aécio, todos representam lideranças mais jovens que aproveitaram a eleição para se consolidar e ocupar papel de destaque no cenário político nacional.

Aécio, de 50 anos, ganhou tudo em Minas. Foi eleito senador com votação expressiva, emplacou o sucessor Antônio Anastasia (PSDB) no governo e garantiu a vaga de senador para o ex-presidente Itamar Franco (PPS), derrotando na mesma eleição o ex-ministro Hélio Costa (PMDB), e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT). O resultado credencia o tucano como melhor aposta do PSDB para a sucessão presidencial daqui a quatro anos.

Marina Silva, de 52 anos, é nome consolidado para 2014. Credenciada por quase 20 milhões de votos no primeiro turno, mesmo contando com uma estrutura mínima de campanha e quase nenhum tempo de propaganda na televisão, ela se tornou a maior surpresa da corrida presidencial deste ano. Sua campanha bem sucedida formou uma base bastante sólida para a próxima eleição.

Geração. Eduardo Campos, de 44 anos, lidera o projeto nacional do PSB, que ampliou bastante sua representação no País. Cabral, de 47 anos, também se consolidou como maior liderança do Rio, deixando para trás grupos importantes representados pelo ex-prefeito Cesar Maia (DEM) e pelo ex-governador Anthony Garotinho (PR). Passa a ser mais importante ainda se o PMDB decidir bancar um projeto de candidatura presidencial descolado da parceria com o PT.

Entre os tucanos, Alckmin, de 57 anos, dá a volta por cima na sua trajetória política com a eleição para o governo de São Paulo.

Comandando o Estado mais populoso do País, passa a ter importância política para planejar uma nova campanha para o Palácio do Planalto, depois de ter sido batido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006.

Beto Richa, de 44 anos, saiu da Prefeitura de Curitiba para o comando do governo do Paraná, derrotando o senador Osmar Dias (PDT), que tinha o apoio de Lula e do governador Roberto Requião (PMDB). Os dois tucanos, no entanto, precisariam antes superar o bom momento de Aécio dentro do partido.

Na prática, a transição entre as disputas de 2010 e 2014 representa uma espécie de troca de gerações na política brasileira. Depois de dois mandatos, Lula deixará o governo com 65 anos. Pode até tentar um novo mandato em 2014, mas já estará perto dos 70 anos. Os dois principais candidatos à sua sucessão também passaram dos 60 anos. José Serra tem 68 anos e Dilma está com 62 anos. Eleita, é candidata quase certa à reeleição.

Há ainda o caso do deputado Ciro Gomes, de 52 anos, que sonhava com sua terceira campanha presidencial, mas viu o plano ser barrado pela direção do PSB e pelo próprio Lula e não disputou nenhum cargo este ano.

Projetos regionais. Um bom resultado nas eleições, entretanto, não garante o sucesso dessas incubadoras políticas. O principal problema é que, tradicionalmente, a maioria dos partidos não desenvolve projetos de poder em nível nacional. Preferem concentrar suas atenções nas disputas regionais onde possuem lideranças expressivas.

Ciro Gomes experimentou na pele a situação este ano. O PSB preferiu investir na parceria nacional com o PT em torno da candidatura de Dilma e ganhar o apoio petista em campanhas estaduais consideradas estratégicas pelo partido. Em troca, o PT decidiu abrir mão de candidaturas em locais importantes, como Ceará, Pernambuco e Espírito Santo, por exemplo. A estratégia garantiu a vitória do PSB nesses três Estados já no primeiro turno.

Essa falta de interesse dos maiores partidos em ter candidatos na eleição para o Palácio do Planalto fica clara na atual disputa. Entre os partidos com representação expressiva dentro do Congresso, apenas PT, PSDB, PV e PSOL bancaram candidaturas majoritárias - outras cinco legendas pequenas também participaram da disputa.

O PMDB é o principal exemplo desse tipo de comportamento. Apesar de ser líder em número de parlamentares dentro do Congresso e sempre ter número expressivo de governadores, não lança um candidato à Presidência desde 1994, quando Orestes Quércia terminou em quarto lugar. Depois disso, passou a se concentrar com sucesso nas disputas estaduais e, agora, chega à Vice-Presidência da República.

"Saberei honrar o legado de Lula", diz Dilma emocionada

A presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff (PT), se emocionou neste domingo, durante o primeiro pronunciamento oficial, ao se referir ao apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Baterei muito a sua porta e tenho certeza e confiança de que estará sempre aberta. Saberei honrar o seu legado", garantiu a petista.

Dilma confirmou matematicamente sua vitória pouco mais de uma hora após o fim da votação em todo o Brasil, somando 55% dos votos, enquanto José Serra (PSDB) teve 44%. O índice de abstenção foi de 21%.

"Sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade", acrescentou, lembrando da trajetória de Lula como chefe de Estado.

Na referência ao padrinho político, ela foi cortada pelos gritos de "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula...". Dilma lacrimejou. "Conviver durante todos esses anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu país e sua gente".

O candidato derrotado, José Serra, telefonou para Dilma durante o pronunciamento, segundo José Eduardo Cardozo, coordenador jurídico da campanha petista. Dilma recebeu um bilhete de Palocci, informando-a sobre a ligação.

MÃO ESTENDIDA

A presidente eleita foi recebida com o Hino Nacional no auditório do hotel Naoum, em Brasilía. Dilma chegou ao auditório acompanhada dos ex-ministros Antonio Palocci e José Dirceu - em seguida, subiram ao palco os coordenadores de sua campanha, José Eduardo Dutra e José Eduardo Cardozo, além do vice Michel Temer (PMDB), do ex-presidente José Sarney e dos governadores Tarso Genro, Renato Casagrande, Eduardo Campos e Cid Gomes.

Num discurso conciliatório, Dilma "estendeu" sua mão aos opositores e aos eleitores que não votaram nela. "Estendo minha mão a eles. De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrios. A partir de minha posse, serei presidente de todos os brasileiros e brasileiras".

"Para mim, é uma noite completamente especial... Recebi de milhões de brasileiros e brasileiras talvez a missão mais importante da minha vida. Além da minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do Brasil, porque pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil", afirmou.

"Vou honrar as mulheres brasileiras para que esse fato hoje inédito se transforme em uma fenômeno natural", prosseguiu. "Reconheço... Eu e meu vice Michel Temer, hoje eleito, reconhecemos que teremos um duro trabalho para qualificar o nosso desenvolvimento econômico.

No hotel Naoum, ministros de Lula, governadores, senadores, deputados federais e prefeitos, além da militância do PT.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Marina condena uso de seu nome em falso apoio a Serra

A senadora e candidata derrotada à presidência da República, Marina Silva (PV-AC), criticou nesta quarta-feira (27) setores do PSDB que, segundo o PV, promoveram iniciativas fraudulentas ao envolvê-la em ações de apoio à candidatura tucana de José Serra. "Não usem meu nome para o vale-tudo eleitoral", afirmou a senadora, de acordo com informações de sua assessoria de imprensa.

"Os quase 20 milhões de brasileiros que endossaram meu projeto e o de Guilherme Leal no primeiro turno sabem que o respeito ao eleitor é um princípio inquestionável na nossa prática política, o que nos diferencia daqueles que querem o poder pelo poder", disse Marina.

A declaração de voto falsa foi feita com um endereço de e-mail que não corresponde ao de Marina e foi ao ar no blog "Eu Vou de Serra 45". "Infelizmente, muitos não aprenderam nada com os resultados das urnas e continuam a promover a política de mais baixo nível ao usar estratagemas banais para buscar votos", a candidata derrotada do PV.

O e-mail falso seria direcionado aos eleitores de Marina contendo um "pedido" da senadora verde para que haja união em torno da candidatura tucana.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Marina Silva diz que Brasil está ‘cansado do confronto’

Marina Silva após palestra do ex-primeiro ministro
britânico Tony Blair (Foto: Mariana Pasini/G1)A senadora Marina Silva, que foi candidata à Presidência da República pelo Partido Verde (PV), disse nesta terça-feira (26) que o eleitorado está “cansado do confronto”. Em São Paulo, após participar de uma palestra sobre educação feita pelo ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, na Universidade Anhembi Morumbi, ela avaliou que não está sendo feita uma “leitura” do primeiro turno nesta segunda etapa das eleições.


“A lição é de que no segundo turno a gente tem que ler o primeiro turno. Eu acho que não estão fazendo a leitura do primeiro turno. O primeiro turno sinalizou com algo importante que as pessoas estão cansadas do confronto, as pessoas querem o encontro do Brasil com o que interessa para o Brasil, na educação, na saúde, na segurança pública, na infra-estrutura, e na política que precisa avançar”, disse.

Dilma e Serra participam de debate eleitoral na TVSerra fala sobre combate a drogas; Dilma aborda agricultura familiarNa TV, Dilma volta a utilizar artistas;

Serra fala de propostas para a cultura

A senadora disse também que seu partido avalia que suas propostas têm tido um “acolhimento maior” por parte da candidata petista, Dilma Rousseff, em comparação com o candidato tucano, José Serra. Porém, segundo Marina, isso não impede que mudanças ocorram até a realização do segundo turno das eleições.

“Eu fiz questão de que a proposta de cada candidato, a resposta de cada candidato fosse apresentada a nós do PV por escrito. Justamente para evitar que fizéssemos interpretações sobre as questões que eles estavam se comprometendo. E a avaliação da direção é que houve um acolhimento maior por parte da candidata Dilma e um acolhimento menor da parte do candidato Serra, mas isso não impede que os dois possam até o dia 31 de outubro ampliar o acolhimento das propostas que apresentamos, e não impede inclusive que depois do segundo turno aquele que for eleito, no processo de transição, ainda possa se comprometer com as propostas relevantes. O importante é que nós acertamos ao apresentar as propostas e dar oportunidade aos candidatos de progressivamente irem se comprometendo com elas”.

Marina falou que não assistiu o debate promovido pela TV Record entre os dois candidatos promovido na noite de segunda-feira (25), mas disse lamentar a falta de um debate mais aprofundado.

“Eu acho que estão perdendo uma grande oportunidade, que é a bênção do segundo turno, de poder aprofundar os debates, de debater com profundidade as questões que interessam para o Brasil e resvalando para o velho embate e o vale-tudo eleitoral. A crítica pode ser feita, precisa ser feita, o que a gente não pode é ter um olhar apenas para o negativo, discutir idéias, discutir projetos, ter uma visão antecipatória do pais, é isso que falta. E eu acho que o perfil gerencial dos dois não consegue tirá-los da caixinha de ficar discutindo número, tabela, ou então fazendo o embate”, disse.

“Lamentavelmente não é isso que está se refletindo nos debates [a apresentação de propostas], nos debates esses temas [como a educação] estão passando ao largo, por isso não é uma questão puramente declaratória, é algo que precisa ser internalizado do ponto de vista do compromisso e do aprofundamento das questões", lamentou Marina Silva.

A senadora se dirigiu para um almoço com o ex-primeiro ministro britânico depois da palestra. “Espero que possamos falar mais sobre educação”, disse

CNT/Sensus: Dilma lidera com 51,9% e Serra tem 36,7%

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, tem 51,9% das intenções de voto, ante 36,7% de seu adversário, o tucano José Serra, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta manhã. A vantagem de Dilma para Serra aumentou de cinco pontos porcentuais da pesquisa anterior, na semana passada, para 15,2 pontos agora. No levantamento anterior, Dilma tinha 46,8% e Serra, 41,8%.

 Ao se considerar somente os votos válidos - o que exclui nulos e brancos e se redistribui os indecisos proporcionalmente, Dilma tem 58,6% e Serra, 41,4%. A rejeição à candidata petista caiu de 35,2% da pesquisa anterior para 32,5%. Já a rejeição a Serra subiu de 39,8% para 43%.

O levantamento, com margem de erro de 2,2 pontos porcentuais, foi feito com dois mil eleitores, entre os dias 23 e 25 de outubro, em 136 municípios e foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 37609/2010.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dilma e Serra participam de debate eleitoral na TV

Os candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) participaram na noite desta segunda-feira (25) de mais um debate deste segundo turno das eleições. O encontro aconteceu em São Paulo e foi promovido pela TV Record.

O debate foi dividido em três blocos. No primeiro e no segundo bloco, cada candidato fez duas perguntas para o adversário. Quem pergunta tem direito a réplica e quem responde tem direito à tréplica. No terceiro bloco, cada candidato fez uma pergunta ao adversário. Na sequência, eles fizeram as considerações finais.

O debate, que durou cerca de 1h30 e abordou os seguintes temas: Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), obras na região Nordeste, internet banda larga, denúncias de corrupção, Prouni, projeto ficha limpa, saúde, exploração do petróleo do pré-sal, geração de empregos e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).


A primeira pergunta do debate foi feita por Dilma. Ela mencionou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e questionou Serra sobre as obras que o adversário propunha para a região Nordeste.

O tucano partiu para o ataque. Ele afirmou que o PAC é uma “lista de obras” e que apenas “1/7 do programa foi realizado até agora”. Serra citou como prioridades obras como a Ferrovia Transnordestina, projetos de irrigação, aeroportos e portos. Dilma rebateu afirmando que as obras propostas pelo candidato adversário estão na sua maioria em andamento. Ela citou refinarias de petróleo e ferrovias como exemplo. Serra rebateu dizendo que o governo federal colocou tudo numa lista e que muitas delas já foram definidas em governos anteriores.

Na sequência, os candidatos começaram debatendo sobre banda larga, mas as declarações partiram para as denúncias de corrupção. Tudo começou quando Serra destacou que Erenice Guerra estava por trás do Plano Nacional de Banda Larga, que na sua visão é ineficiente. A ex-ministra deixou o cargo em setembro em meio a um escândalo de suposto tráfico de influência realizado por seus familiares.

Dilma aproveitou a menção para lembrar que Erenice está sendo investigada e depôs na Polícia Federal nesta segunda-feira (25) e citou o ex-diretor de engenharia da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, cobrando do candidato do PSDB que o governo paulista realize investigações contra ele. Paulo Preto estava a frente de obras como o Rodoanel e seria suspeito de ter desviado R$ 4 milhões de contribuições para a campanha de Serra. O ex-diretor é investigado também pela Operação Castelo de Areia da Polícia Federal que investiga fraudes em licitações.

O tucano negou que tenha havido o desvio de recursos de campanha e tratou o tema como “invenção”. Ele afirmou que Paulo vem sendo investigado e rebateu destacando a proximidade de Dilma com Erenice. Serra citou ainda o diretor da Eletrobras Valter Cardeal, que seria próximo de Dilma, e destacou a acusação feita por um banco público alemão a Cardeal sobre fraude em um empréstimo. Dilma afirmou que é importante investigar corrupção e voltou a cobrar que se abram investigações contra Paulo Preto.


No segundo bloco, o tema que mais mobilizou os candidatos foi a exploração de petróleo na camada pré-sal. Serra puxou o tema questionando Dilma sobre 108 empresas privadas que teriam se beneficiado no governo Lula de concessões na área de petróleo, inclusive no pré-sal.

Dilma afirmou que antes do pré-sal o petróleo brasileiro era de baixa qualidade e em pequena quantidade. Por isso, segundo ela, é preciso mudar agora o modelo de concessão para partilha. Dilma afirmou que o PSDB vota contra o modelo de partilha no Congresso e, por isso, seria a favor de privatizar o pré-sal.

Serra afirmou que não há diferença entre o petróleo de antes e o atual. Ele afirmou que quem defende o modelo de concessão não poderia ser acusado de privatização porque o próprio governo do qual Dilma fez parte utilizou o modelo mais ainda que o anterior. Dilma reafirmou que há diferença entre os dois petróleos e que por isso é preciso agora alterar o modelo.

Os candidatos tiveram divergências também relativas à área de segurança pública. Serra defendeu a criação do Ministério de Segurança Pública e ironizou ao chamar os veículos aéreos não tripulados (Vants) defendidos por Dilma para patrulhar fronteiras como “disco voador”. A petista afirmou ser “tolice” ridicularizar a proposta e defendeu ainda o fortalecimento da Força Nacional de Segurança Pública.

No terceiro bloco, os candidatos trataram ainda da relação com o MST e a geração de empregos. Nas considerações finais, Dilma focou sua palavra para os eleitores do Nordeste. “Nunca mais o Nordeste, no que depender do meu governo, será tratado como região de segunda categoria”. A petista afirmou ainda que vai focar seu governo em cuidar das pessoas e se disse preparada para ser presidente.

Serra usou sua despedida para enfatizar a importância da eleição e pregar um governo de União. “Quero para o Brasil não intolerância dos punhos fechados, mas a fraternidade entre todos os brasileiros, quero união entre todos os estados, não o antagonismo”. O tucano defendeu ainda que o desenvolvimento alcance todas as regiões.

domingo, 24 de outubro de 2010

Dilma e coligação pedem direito de resposta em programa de Serra

Candidata contesta propaganda que a liga a ex-ministro José Dirceu.Programa do tucano diz que ‘votar na Dilma é votar no Zé Dirceu’.

imprimir A candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, e a coligação ‘Para o Brasil Seguir Mudando’ ingressaram neste domingo (24) no Tribunal Superior Eleitoral com um pedido de resposta dentro do programa de rádio do adversário José Serra (PSDB).


A coligação e sua candidata acusam a propaganda do tucano de usar mensagem ‘inverídica’, ao relacionar a candidatura de Dilma ao ex-ministro José Dirceu. O relator do caso é o ministro Joelson Dias. O G1 procurou o advogado da coligação de Serra e aguarda retorno.

A mensagem contestada pela petista diz que quem votar na Dilma estará votando em José Dirceu. “Eu tenho muita pena de quem não percebeu que votar na Dilma é votar no Zé Dirceu. Toque, toque, toque. Bate na madeira. Dilma e Zé Dirceu, nem de brincadeira”, diz a mensagem apresentada no programa do tucano.
 
Dilma e coligação afirmam que a mensagem veiculada, "além de sabidamente inverídica, macula a honradez das requerentes”. “Quando a propaganda afirma que votar em Dilma Rousseff é votar no ex-deputado José Dirceu, além de transmitir ao ouvinte fato sabidamente inverídico, distorce a verdade dos fatos de forma velhaca e ardilosa, atingindo de forma direta, o conceito, honra e imagem da candidata perante a população brasileira”, diz a defesa.

A defesa da petista ainda faz referência ao candidato a vice-presidente, Michel Temer, a quem, segundo os advogados, o voto em Dilma estaria relacionado: "Logo, em respeito ao princípio da unidade da chapa, votar na Dilma é votar no Michel Temer. José Dirceu sequer é candidato no pleito, nem poderia”.

TSE dá direito de resposta a Serra em programa eleitoral de Dilma

Ministro considerou uso da expressão 'caixa dois' ofensivo ao tucano.
Defesa de Dilma alegou que propaganda se baseou em reportagens.

imprimir O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Joelson Dias concedeu neste domingo (24) direito de resposta ao candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, no programa eleitoral da adversária petista, Dilma Rousseff, pelo uso da expressão “caixa dois”. O tempo de resposta será de um minuto no início do programa de rádio da coligação da candidata, “Para o Brasil Seguir Mudando”, em cada bloco do período matutino e vespertino.

O TSE já havia concedido a Serra o direito de se manifestar em oito inserções de Dilma na TV e em quatro no rádio porque as propagandas da petista apontavam a existência de um “suposto caixa dois na campanha tucana”. A expressão foi usada ao relacionar um suposto desvio de R$ 4 milhões da campanha de Serra noticiado pela mídia.
 
Após a concessão do direito de resposta nas inserções, uma nova propaganda de Dilma alterou a frase vetada por “suposto caixa dois na campanha de Serra”. Segundo o ministro Joelson Dias, a campanha tentou contornar a decisão judicial, mas tornou a ofensa ainda mais direta ao fazer, na propaganda, referência textual direta ao candidato tucano.

A defesa da coligação de Dilma alegou que apenas se baseou em matérias “amplamente” divulgadas nos meios de comunicação. No entanto, Joelson Dias considerou que além de abordar os fatos narrados pela mídia, a propaganda atribuiu ao candidato adversário, "ainda que indiretamente", a prática da ilegalidade, o que não era citado, segundo o ministro, nas reportagens.

Para Joelson Dias, houve na propaganda da petista “deturpação da notícia em mensagem ofensiva e inverídica”. "Não que o 'caixa dois' tenha ou não ocorrido, mas que, ao menos as manchetes e textos jornalísticos veiculados durante a propaganda não respaldam tal afirmação", disse o ministro.

Na TV, Serra critica Lula e Dilma; petista repete imagens

SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou, na campanha de TV desta sexta-feira, a adversária, Dilma Rousseff (PT), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por duvidarem que ele tivesse sido atingido em tumulto durante campanha no Rio de Janeiro.

"O presidente da República pode apoiar quem quiser, é direito dele, como de qualquer cidadão. Mas não pode atropelar a lei, nem usar a máquina, nem deixar que a usem. Não pode misturar campanha com governo, e é exatamente isso que está acontecendo", disse Serra na TV.

A propaganda do tucano, que voltou a mostrar imagens da confusão, na qual Serra foi atingido por um objeto na cabeça, também trouxe declarações do médico que o atendeu após o incidente e lembrou de outras vezes em que houve tumulto entre militantes do PT e candidatos do PSDB.

"Não vamos nos intimidar. Quanto mais tentarem nos impedir de andar na rua, de fazer campanha, mais nós vamos insistir", afirmou o candidato, acrescentando que "tentar impedir o adversário de andar na rua como fez o PT é inaceitável".

Serra criticou as declarações feitas pelo presidente na véspera, nas quais acusou o tucano de mentir ao tentar simular a agressão.

A propaganda de Serra também mostrou trechos de uma reportagem veiculada na véspera pelo Jornal Nacional, da TV Globo, que traz declarações do perito Ricardo Molina afirmando que, além de ter sido atingido pelo que parece ser uma bolinha de papel, Serra recebeu um segundo objeto na cabeça durante a confusão.

Imagens do tumulto ocorrido com Serra no Rio também estiveram na propaganda de Dilma, pela segunda vez. Um locutor voltou a acusar Serra de "teatro" usando trechos de imagens do SBT que mostra o objeto parecido com uma bolinha de papel atingindo Serra e sugere que o tucano simulou a agressão.

A propaganda da petista também voltou a bater na tecla de que, se eleito, Serra privatizará a Petrobras e o petróleo da camada pré-sal e trouxe declarações de Lula endossando essas afirmações.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

TSE libera acesso à pesquisa Vox Populi para PSDB


O ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acatou na tarde de hoje pedido impetrado pela coligação 'O Brasil Pode Mais', do presidenciável José Serra (PSDB), e concedeu o acesso a planilhas e relatórios da mais recente pesquisa Vox Populi de intenções de voto, divulgada na terça-feira, 19.

A mostra, encomendada pelo portal iG, apontou a candidata do PT à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, 12 pontos porcentuais à frente de Serra neste segundo turno. O resultado foi criticado pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que questionou a validade da pesquisa e a credibilidade do instituto. A ascensão da petista, no entanto, foi confirmada por sondagens divulgadas pelo Ibope e pelo Datafolha no decorrer desta semana.

A decisão do ministro é baseada na Resolução nº 23.190 do TSE, segundo a qual os partidos políticos podem ter acesso ao sistema interno de controle, verificação e fiscalização da coleta de dados de empresas que divulgam pesquisas de intenção de voto. O acesso às informações é permitido mediante a apresentação de pedido ao TSE.

No despacho, o ministro destacou que a coligação poderá ter acesso ao modelo do questionário aplicado na pesquisa e à sua metodologia. A Lei Eleitoral nº 9.504/97 estipula um limite de 30 dias para que essas informações sejam disponibilizadas ao solicitante. O Vox Populi ainda pode recorrer ao TSE contra a decisão. Mas, caso o instituto não cumpra a decisão, ou lance mão de algum ato que retarde o acesso dos dados ao partido, está sujeito a arcar com multa que pode variar de R$ 10.641 a R$ 21.282.

Não é a primeira vez que o PSDB ingressa na Justiça Eleitoral para ter o acesso a dados de uma pesquisa de intenções de voto. Em abril, o TSE liberou à sigla planilhas e relatórios de mostra realizada pelo instituto Sensus. A pesquisa apontou, na época, empate técnico entre os então pré-candidatos do PT e PSDB na disputa eleitoral, o que representava crescimento da petista em relação às pesquisas anteriores. Após auditoria interna, na sede do Sensus, os tucanos não encontraram irregularidades no levantamento.

Dilma tem 56% dos votos válidos, e Serra, 44%, aponta o Datafolha

O Datafolha divulgou na madrugada desta sexta-feira (22) nova pesquisa presidencial no segundo turno das eleições deste ano. Segundo o instituto, a candidata do PT, Dilma Rousseff, tem 56% dos votos válidos (que excluem brancos, nulos e indecisos), e o candidato do PSDB, José Serra, 44%.


A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Isso significa que Dilma pode ter de 54% a 58%, e Serra, de 42% a 46%.

Na primeira pesquisa realizada pelo Datafolha no segundo turno, divulgada no último dia 10, Dilma registrou 54% dos votos válidos contra 46% de Serra. Na segunda pesquisa realizada pelo instituto, divulgada no último dia 15, os números se repetiram: Dilma também registrou 54% dos votos válidos, e Serra, 46%.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo” e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 36.535/2010. O Datafolha fez 4.037 entrevistas na quinta-feira (21) em 243 cidades.
Votos totais

Considerando-se os votos totais (que incluem brancos, nulos e indecisos), a petista tem 50%, e o tucano, 40%. Brancos e nulos somam 4%, e 6% disseram não saber em quem votar. Na pesquisa anterior, Dilma registrou 47%, e Serra, 41%. Brancos e nulos somaram 4%, e indecisos, 8%.

Líderes evangélicos batem boca na web sobre apoio a candidatos

O bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, e o pastor Silas Malafaia, da Associação Vitória em Cristo, protagonizaram nesta semana um bate-boca virtual sobre o posicionamento político das duas denominações evangélicas. O duelo mexeu com os ânimos de fiéis na internet.

 Em seu blog, o bispo Macedo, que apoia Dilma Rousseff (PT) e comanda cerca de 6 milhões de seguidores, acusou Malafaia de se deixar enganar por um 'profeta velho' ao declarar voto em José Serra (PSDB). O 'engano' de Malafaia, afirmou o bispo, tem relação com o posicionamento do candidato em dois temas críticos entre os evangélicos: união civil de homossexuais e aborto.

Para questionar Malafaia, Macedo mencionou o fato de o tucano ter declarado não se opor à união civil de homossexuais e a um relato não confirmado de que Monica Serra, mulher do presidenciável, teria feito um aborto - versão que o candidato nega com veemência.

'Agora ficam as perguntas: o que fez o pastor Malafaia mudar de lado? Ele vai continuar apoiando o Serra? Diante desse cenário, temos de lembrar o que aconteceu com o homem de Deus (I Reis 13) que seguia o seu caminho e foi levado à morte, enganado pelo profeta velho, porque não guardou a sua fé', afirmou.

Malafaia, em dois vídeos postados no YouTube, que ao todo somam 23 minutos, retruca o bispo também citando passagem bíblica. 'Até o tolo quando se cala se passa por sábio. Edir Macedo perdeu uma oportunidade fenomenal de ficar calado, mas como falou é pior do que tolo', afirmou Malafaia.

O pastor enumerou 'cinco mentiras e duas insinuações maldosas' de Macedo no texto publicado e o classificou como 'teologicamente ignorante'. 'Eu tenho pena de você, rapaz. Eu entendo por que você defende Dilma. É porque você defende aborto, essa nojeira', disse.

Segundo Malafaia, entre as 'mentiras' de Macedo está o fato de que tanto Dilma como Serra não se opõem à união civil homossexual. Ele acusa o bispo por usar calúnia e difamação por citar Monica Serra.

Embate

SILAS MALAFAIA
ASSOCIAÇÃO VITÓRIA EM CRISTO

'Até o tolo quando se cala se passa por sábio. Edir Macedo perdeu uma oportunidade fenomenal de ficar calado, mas como falou é pior do que tolo'

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

CNT/Sensus: Dilma tem 46,8% e Serra, 41,8%

A pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje mostra que a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) tem 46,8% das intenções de voto (52,8% dos válidos) e seu adversário, José Serra (PSDB), aparece com 41,8% (47,2% dos votos válidos). Os votos brancos e nulos somaram 4,1%, e não souberam responder 7,2%. O levantamento foi feito nos dias 18 e 19 de outubro com 2 mil entrevistados em 136 municípios de 24 Estados. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais.

Na pesquisa espontânea, a petista lidera com 45,3%. Serra tem 40,6% na mesma avaliação. Na sondagem anterior, realizada semana passada, Dilma tinha 44,5% das intenções espontâneas e José Serra, 40,4%. Um total de 4,1% dos entrevistados disseram que vão votar em branco ou nulo e 9,5% não souberam responder.

A sondagem perguntou ainda qual seria o único candidato que o eleitor votaria. Para 44,7%, Dilma é a única candidata em quem votariam; para 15,5%, a candidata na qual poderiam votar; e para 35,2%, não votariam de jeito nenhum. Para 35,8% José Serra é o único candidato em quem votariam; para 20,6%, é o candidato no qual poderiam votar; e para 39,8%, não votariam de jeito nenhum. A sondagem foi protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 36.192/2010.

Em SP, Dilma repudia agressão contra Serra

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, repudiou a agressão ao adversário José Serra (PSDB) e recomendou à militância do PT que não aceite provocações. 'Não aceito campanha manipuladora nem violência', disse hoje à tarde, no heliponto de uma empresa de Ferraz de Vasconcelos, município da região metropolitana de São Paulo. 'Quero fazer um apelo à militância do PT. Peço aqui que a militância se paute pelo princípio da fraternidade, da solidariedade e que, sobretudo, faça dessa campanha um ato de amor.'

Dilma afirmou que a militância deve dar o exemplo e evitar manifestações como a ocorrida hoje envolvendo Serra, atingido na cabeça por um objeto durante caminhada em Campo Grande, bairro do Rio de Janeiro, quando houve tumulto entre cabos eleitorais tucanos e militantes petistas.

'Quero dizer a vocês, mais uma vez, que lamento o ocorrido', disse a petista. 'Da minha parte, podem ter certeza, que pautarei todos os meus atos. Não faço campanha do submundo, não divulgo panfletos apócrifos e não divulgo mentiras.'

Em nota, PF diz que não há provas de uso de dados da Receita em campanha eleitoral



A Polícia Federal divulgou nota nesta quarta-feira, 20, sobre as investigações para apurar quebra de sigilo de dados da Receita Federal. Após 120 dias de investigação, com depoimentos de 37 pessoas e diversas diligências, sete pessoas foram indiciadas. Além disso, a investigação identificou que a quebra de sigilo ocorreu entre setembro e outubro de 2009 e envolveu servidores da Receita Federal, despachantes e clientes que encomendavam os dados, entre eles, o jornalista Amaury Ribeiro Júnior.

Entre as provas colhidas estão as de que o jornalista utilizou os serviços de levantamento de informações de empresas e pessoas físicas desde o final de 2008 no interesse de investigações próprias. Esses dados violados foram utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política, segundo a nota. O inquérito policial encontra-se em sua fase final e, depois de concluídas as diligências, será encaminhado à 12ª Vara Federal do Distrito Federal, segundo a PF.

Veja a íntegra da nota:

'Sobre as investigações para apurar suposta quebra de sigilo de dados da Receita Federal, a Polícia Federal esclarece que:

1- O fato motivador da instauração de inquérito nesta instituição, quebra de sigilo fiscal, já está esclarecido e os responsáveis identificados. O inquérito policial encontra-se em sua fase final e, depois de concluídas as diligências, será encaminhado à 12ª Vara Federal do Distrito Federal;

2- Em 120 dias de investigação, foram realizadas diversas diligências e ouvidas 37 pessoas em mais de 50 depoimentos, que resultaram, até o momento, em 7 indiciamentos;

3- A investigação identificou que a quebra de sigilo ocorreu entre setembro e outubro de 2009 e envolveu servidores da Receita Federal, despachantes e clientes que encomendavam os dados, entre eles um jornalista;

 4- As provas colhidas apontam que o jornalista utilizou os serviços de levantamento de informações de empresas e pessoas físicas desde o final de 2008 no interesse de investigações próprias;

 5- Os dados violados foram utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política;

 6- A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação'.

POLÍTICA LOCAL.(HUMOR)

                     Prefeito de Estância Velha,volta das férias.  
                                                   
     

Jornalista ligado à campanha de Dilma confessa violação de sigilo de tucanos

BRASÍLIA - A investigação da Polícia Federal aponta que o jornalista Amaury Ribeiro Jr. encomendou a quebra dos sigilos fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, da filha de José Serra, Verônica, do genro dele, Alexandre Bourgeois, e de outros tucanos entre setembro e outubro de 2009. De acordo com a PF, na época, o jornalista trabalhava no jornal Estado de Minas, que teria custeado as viagens dele a São Paulo para buscar os documentos.

O jornalista participou do grupo de inteligência da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) em 2010, quando não tinha mais vínculo com o jornal mineiro. Esteve, inclusive, numa reunião em abril com a coordenação de comunicação da campanha petista para discutir a elaboração de um dossiê contra os tucanos.

Em depoimento que durou 13 horas na semana passada, Amaury confirmou que pagou R$ 12 mil ao despachante Dirceu Rodrigues Garcia, que trabalha em São Paulo. Mas não contou de onde saiu o dinheiro. Amaury disse à PF que decidiu fazer a investigação depois de descobrir que o deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ) estaria comandando um grupo de espionagem a serviço de José Serra para devassar a vida do ex-governador Aécio Neves. Ele afirmou que deixou o jornal no final de 2009, mas deixou um relatório completo de toda a apuração, levando uma cópia consigo para futura publicação de um livro. Na sua versão, a inteligência do PT teria tomado conhecimento do conteúdo de sua investigação e o convidou para trabalhar na equipe de campanha de Dilma.

 No ano passado, encomenda de Amaury foi repassada pelo despachante Dirceu Rodrigues Garcia ao office-boy Ademir Cabral, que pediu ajuda do contador Antonio Carlos Atella. Este último usou uma procuração falsa para violar os sigilos fiscais de Verônica Serra e seu marido, Alexandre Bourgeois, numa agência da Receita Federal em Santo André. Por conta da confissão, Amaury pode ser indiciado por corrupção ativa e co-autoria da violação do sigilo fiscal.

 Depois de deixar o emprego no jornal, ele participou de uma reunião em abril com integrantes da pré-campanha de Dilma. Presente ao encontro, ocorrido num restaurante em Brasília, o delegado Onésimo de Souza afirmou à polícia que foi chamado para cuidar da segurança do escritório do jornalista Luiz Lanzetta, responsável até então pela coordenação de comunicação da campanha de Dilma. Lanzetta deixou a campanha em junho após a revelação do caso.

 Amaury confirmou que durante o período em que ficou em Brasília, em abril de 2010, negociando com a equipe da pré-campanha de Dilma, a despesa do flat onde ficou hospedado foi pago por 'uma pessoa do PT', ligada à candidatura governista. A PF já fechou praticamente todo o caso. Resta saber agora de onde saíram os R$ 12 mil e quem é a pessoa do PT que pagou a hospedagem do jornalista.