quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Rio Grande do Sul registra um roubo seguido de morte a cada quatro dias


Rio Grande do Sul registra um roubo seguido de morte a cada quatro dias

Levantamento feito por Zero Hora revela pelo menos quatro latrocínios em 2013

Rio Grande do Sul registra um roubo seguido de morte a cada quatro dias Lívia Stumpf/Diario Gaucho
Durante os primeiros 22 dias de 2013, pelo menos sete pessoas morreram durante assaltos no Estado. O policial civil Michel Vieria e a mãe, Odete Bernardes Vieira,mortos a tiros hoje, em Porto Alegre, são o sexto caso de latrocínio registrado no Rio Grande do Sul neste ano, de acordo com levantamento feito por Zero Hora. 

Esses dados revelam que um caso deste tipo acontece a cada quatro dias em território gaúcho. Ainda ficaram de fora desta estatística a morte de um taxista no dia 30 de dezembro, em Santa Maria, e de um jovem baleado durante assalto em Cruz Alta no dia 29 do mesmo mês.

O coronel Alfeu Freitas, comandante do Comando de Policiamento da Capital, acredita ser prematuro dizer que este tipo de crime está aumentando, mas revela a preocupação em planejar ações capazes de coibir a ação dos criminosos. Segundo ele, "o crime migra muito, bandido não muda de profissão, mas de local".

O caminho do roubo para o latrocínio é uma linha muito tênue. Isso nos incomoda, precisamos investigar as regiões mais propensas para aplicar melhor o policiamento ostensivo, inteligência da polícia e conversas com a comunidade — explica o coronel.

Colocar mais policiais em ronda nas ruas seria uma opção, mas isso é impossível de acontecer em toda a cidade e durante as 24 horas do dia. O coronel informa que este tipo de crime normalmente é praticado por usuários de drogas em busca de pequenas quantias para quitar dívidas com traficantes. A ideia de Freitas é unir esforços da inteligência da BM com informações da comunidade para identificar os delinquentes que costumam agir em determinadas regiões e tirá-los das ruas.

As informações podem apontar horários, locais, bairros, e o policiamento ostensivo deve abordar, abordar e abordar. Invariavelmente estes suspeitos vão estar com armas, drogas, veículos roubados e serão presos — diz Freitas.

Ele também informa que a área onde dois homens mataram o policial civil nesta tarde é umas das que vem recebendo maior atenção dos serviços da polícia. É uma zona onde houve um aumento nos ataques a postos de combustível e outros tipos de assalto.

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