quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

RS investirá R$ 793 milhões na segurança de gaúchos que moram em áreas de risco


RS investirá R$ 793 milhões na segurança de gaúchos que moram em áreas de risco

Recursos serão aplicados primeiramente nas áreas próximas aos rios Gravataí, do Sinos e Baixo Jacuí

Tarso apresentou fases do projeto que previne desastres naturais<br /><b>Crédito: </b> Caco Argemi / Divulgação / Palácio Piratini
Tarso apresentou fases do projeto que previne desastres naturais 
O Rio Grande do Sul receberá R$ 793 milhões do governo federal até 2014 para prevenir e garantir a segurança da população que vive em áreas suscetíveis a ocorrências de desastres naturais. É o que prevê o contrato do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Naturais, firmado entre o Governo do Estado e a Caixa Econômica Federal (CEF). O documento foi assinado nesta quinta-feira no Palácio Piratini pelo governador Tarso Genro e o superintendente regional da CEF, Ruben Danilo Pickrodt.

As regiões próximas às bacias hidrográficas do Rio Gravataí, Rio do Sinos e Baixo Jacuí serão as mais contempladas com os recursos. Cerca de 3,5 milhões de pessoas serão beneficiadas com a medida. O projeto envolve quatro fases, desde prevenção até a garantia de socorro e abrigo às vítimas. “Trata-se de um plano construído a partir do governo federal e envolve diversas fases. A prevenção, a preparação das populações, a estruturação do socorro quando acontece o evento e também obras de reconstrução após o desastre”, explica o coordenador da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, coronel Oscar Moiano.

Moiano salientou que desde o ano passado o Estado trabalha em ações para amenizar os impactos de tragédias naturais. “Aqui no Estado já estão em andamento várias ações. No ano passado, nós fizemos dez exercícios simulados em diversas cidades que frequentemente são assoladas por enchentes, por exemplo. Por mais que se previna, nós não vamos poder evitar um desastre natural. Mas temos que estar prontos”, pondera.

Conforme dados fornecidos pela Defesa Civil, em 2011 o Rio Grande do Sul registrou 22 mortes após desastres naturais. Em 2012, esse índice ficou zerado. “Eu posso dizer que este plano realmente está saindo do papel. Hoje, nós temos em Brasília o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), que funciona 24 horas em contato direto com os estados. Aqui no Rio Grande do Sul, nós temos um Centro de Operação, também ligado a isso. Óbvio que grandes obras levam algum tempo, mas eu estou bem otimista”, disse Moiano.

Segundo o coronel, haverá uma atenção especial em obras de contenção de encostas. “Nós temos situações que são quase crônicas. Há locais em que as cidades foram construídas de forma absolutamente inadequada. Temos cidades em que só retirando ela ou o rio dali, o que não é possível. Mas nós não temos um quadro tão crítico, a nossa Serra não é da mesma forma como é no Rio de Janeiro. De fato, ainda não chegamos nesse nível”, ameniza.

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