|
Família contesta versão de que Danilo Jaques teria voltado à boate para buscar a gaita |
A informação de que o gaiteiro do grupo Gurizada Fandangueira, Danilo Jaques, 28 anos, havia saído da boate Kiss e retornado para buscar a sua gaita não é aceita pela família do músico. Segundo o irmão mais novo dele, Bruno Brauner Jaques, 23, Danilo não chegou a se desfazer do instrumento. “Ele saiu do palco com a gaita”, afirma. O músico – uma das 235 vítimas fatais da tragédia – teria sido encontrado abraçado ao instrumento. Segundo Bruno, a história foi contada por um integrante da banda, que ele não revela o nome. “No trajeto entre o palco e a saída, o integrante não viu mais ele.”
Nesta quarta-feira, Bruno foi à 1º Delegacia de Polícia de Santa Maria, onde estão alguns dos objetos pessoais das vítimas, para recuperar a gaita. Por questões burocráticas, não conseguiu levar o instrumento, mas chegou a entrar na sala onde estava o objeto. “Pelo menos quis ver ela para ter uma lembrança”, afirmou.
Conforme o irmão, Danilo havia adquirido a gaita havia cerca de dois meses. Ela custou R$ 22 mil e metade do valor já estava quitado. Para o músico, a gaita representava muito mais do que um simples instrumento. “A gaita era tudo para ele. Ele conseguiu se formar em Sistemas de Informática graças à música”, conta Bruno. O gaiteiro chegava a ter ciúmes. “Só quem mexia na gaita era ele e o roadie dele”, afirmou o irmão mais novo.
Ainda de acordo com Bruno, o irmão mais velho havia feito um curso recentemente de primeiros socorros para ocorrências de incêndio.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário