quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

“A gaita era tudo para ele”, diz irmão de músico


“A gaita era tudo para ele”, diz irmão de músico

Família contesta versão de que Danilo Jaques teria voltado à boate para buscar a gaita

Família contesta versão de que Danilo Jaques teria voltado à boate para buscar a gaita<br /><b>Crédito: </b> Tarsila Pereira
Família contesta versão de que Danilo Jaques teria voltado à boate para buscar a gaita 
A informação de que o gaiteiro do grupo Gurizada Fandangueira, Danilo Jaques, 28 anos, havia saído da boate Kiss e retornado para buscar a sua gaita não é aceita pela família do músico. Segundo o irmão mais novo dele, Bruno Brauner Jaques, 23, Danilo não chegou a se desfazer do instrumento. “Ele saiu do palco com a gaita”, afirma. O músico – uma das 235 vítimas fatais da tragédia – teria sido encontrado abraçado ao instrumento. Segundo Bruno, a história foi contada por um integrante da banda, que ele não revela o nome. “No trajeto entre o palco e a saída, o integrante não viu mais ele.”

Nesta quarta-feira, Bruno foi à 1º Delegacia de Polícia de Santa Maria, onde estão alguns dos objetos pessoais das vítimas, para recuperar a gaita. Por questões burocráticas, não conseguiu levar o instrumento, mas chegou a entrar na sala onde estava o objeto. “Pelo menos quis ver ela para ter uma lembrança”, afirmou.

Conforme o irmão, Danilo havia adquirido a gaita havia cerca de dois meses. Ela custou R$ 22 mil e metade do valor já estava quitado. Para o músico, a gaita representava muito mais do que um simples instrumento. “A gaita era tudo para ele. Ele conseguiu se formar em Sistemas de Informática graças à música”, conta Bruno. O gaiteiro chegava a ter ciúmes. “Só quem mexia na gaita era ele e o roadie dele”, afirmou o irmão mais novo.

Ainda de acordo com Bruno, o irmão mais velho havia feito um curso recentemente de primeiros socorros para ocorrências de incêndio. 

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