Aécio Neves sugere que Renan Calheiros desista da presidência do Senado

Senador do PSDB diz que a Casa precisa iniciar "uma nova fase" e que maior interessado no cargo é o próprio Renan

Aécio Neves e Renan Calheiros em 2005, quando Renan era presidente do Senado e Aécio governador de Minas Gerais

Brasília  - Na próxima sexta-feira (1º) o atual presidente do Senado, José Sarney (AP), deixa o cargo e um novo líder deve assumir. Entre os nomes mais cotados está o de Renan Calheiros (AL). O nome, porém, é motivo de discussão em vários setores da sociedade e também da política, em função de político ser alvo de investigação desde 2007, quando renunciou ao cargo que hoje concorre.

Na tarde de segunda-feira (28), depois de dias de silêncio da oposição, o também senador Aécio Neves – um dos possíveis nomes do PSDB para concorrer a presidente em 2014, pediu para que Calheiros desistisse de concorrer à presidência da Casa para indicar um nome que seja aceito por "todo o Congresso" para que seja iniciada "uma nova fase" no Senado. 

"Cabe ao PMDB criar facilidades para que possamos ter um nome que agregue a todas as forças políticas do Congresso, para que o Senado inicie uma nova fase", disse o tucano.

Segundo Neves, Renan, como líder do PMDB, seria o "maior interessado" em conduzir o partido para indicar um nome "que possa ser tranquilamente aceito por todo o Congresso e não apenas pela bancada" peemedebista.

Investigação 

Na última sexta-feira (25), a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra Renan Calheiros ao Supremo Tribunal Federal. O caso diz respeito a 2007, quando o senador chegou a mostrar notas fiscais frias para justificar venda de gado e a recepção do dinheiro.