segunda-feira, 4 de março de 2013

Sem testemunhas de defesa, julgamento do goleiro Bruno é retomado


Sem testemunhas de defesa, julgamento do goleiro Bruno é retomado

O primo do jogador, Jorge Luiz, e o amigo Amir Borges Matos não compareceram ao Fórum de Contagem

Sem testemunhas de defesa, julgamento do goleiro Bruno é retomado Eugenio Moraes,Hoje em Dia/Estadão Conteúdo
Nesta segunda-feira, o goleiro Bruno chorou durante o julgamento
Após uma pausa para o almoço, recomeça o julgamento do goleiro Bruno Fernandes e sua ex-mulher Dayanne dos Santos, realizado no Fórum de Contagem, em Minas Gerais. A primeira testemunha a ser ouvida é a delegada Ana Maria dos Santos, que participou das investigações do desaparecimento de Eliza Samudio.

Com as ausências do primo de Bruno, Jorge Luiz, e de seu amigo Amir Borges Matos, que não foram ao Fórum de Contagem, Bruno não terá testemunhas de defesa, já que o advogado Lúcio Adolfo dispensou os depoimentos de sua tia, Célia Aparecida Rosa Sales, e da amiga Maria de Fátima Santos, alegando que "o que interessa é o debate". Ele disse que pretende "destroçar" as testemunhas de acusação.

Pouco antes de o julgamento ser interrompido para almoço, Bruno parecia emocionado. Ele chegou a levar um lenço aos olhos, como se estivesse enxugando as lágrimas, no momento em que a juíza abriu a sala do júri para que a imprensa fizesse imagens. Já Dayanne preferiu deixar o local para não ser filmada ou fotografada.

O julgamento
Local: Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte (MG)

Duração: a previsão é que o julgamento termine na próxima sexta-feira

A juíza
Marixa Fabiane Lopes Rodrigues é titular da Vara do Tribunal e Júri de Contagem

O promotor
Henry Wagner Vasconcelos de Castro assumiu o caso em julho de 2012. Já atuou em mais de 300 julgamentos

Os jurados
Vinte e cinco jurados são designados a aparecer na sessão. Desses, sete são sorteados na hora para participar do julgamento. 

A vítima

Eliza Samudio
 — Modelo paranaense de 25 anos na época, desapareceu em 4 de junho de 2010 ao deixar um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. No ano anterior, havia tido um caso amoroso com Bruno. A jovem buscava o reconhecimento do então goleiro como pai do filho dela, Bruninho, que tinha quatro meses quando ocorreu o crime

Os réus

Bruno das Dores Fernandes de Souza
 — Ex-goleiro do Flamengo, está preso desde 7de julho de 2010, sob suspeita de mandar matar Eliza. Em 2009, grávida, a jovem procurou a polícia reclamando ter sido vítima de cárcere privado e forçada a ingerir abortivos. A queixa resultou na condenação do goleiro pela Justiça carioca, em 2010. Em agosto, a pena de quatro anos e meio foi reduzida para um ano e nove meses, já cumpridos. Agora, Bruno responde por homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver de Eliza, além do sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho dela.

Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão — Amigo e funcionário de Bruno, foi preso no mesmo dia do goleiro. Em novembro de 2012, foi condenado a 15 anos de prisão, sendo 12 em regime fechado, pelos crimes de sequestro e cárcere privado de Bruninho e pelo assassinato dela.

Fernanda Gomes de Castro — Ex-namorada do goleiro, foi condenada também em novembro de 2012 pelo sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio e do filho dela.

Dayanne Rodrigues do Carmo Souza — Era mulher de Bruno na época do crime. É acusada de auxiliar no cárcere de Eliza no sítio do goleiro em Esmeraldas (MG) e de ter tentado esconder o bebê após o crime. Será julgada a partir de hoje.

Marcos Aparecido dos Santos, o Bola — Ex-policial civil e militar, é acusado de matar Eliza por asfixia, depois esquartejar o corpo e jogar os pedaços para cães em sua propriedade. Está preso desde 8 de junho de 2012 e será julgado em 22 de abril. 

Elenilson Vitor da Silva — era caseiro do sítio de Bruno e primo de criação de Macarrão. Ele foi indiciado por sequestro e cárcere privado. O julgamento será no dia 15 de maio.

Wemerson Marques, o Coxinha — é apontado como o motorista que levou o filho do goleiro Bruno para fora do sítio. Ele responde pelos mesmos crimes que Elenilson e será julgado também no dia 15 de maio.

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