terça-feira, 12 de março de 2013

Delegada se emociona com depoimento de ciclista atropelado na Paulista


Delegada se emociona com depoimento de ciclista atropelado na Paulista

Priscila de Oliveira Rodrigues diz que David Santos Souza mostrou desenhos que fazia: 'disse que não faria mais'

Mãe mostra carteira de identidade de David Santos Souza, ciclista de 21 anos que perdeu o braço ao ser atropelado na avenida Paulista Foto: Daniel Fernandes / Terra
Mãe mostra carteira de identidade de David Santos Souza, ciclista de 21 anos que perdeu o braço ao ser atropelado na avenida Paulista
Foto: Daniel Fernandes / Terra

A delegada responsável pelo caso do limpador de vidros David Santos Souza, 21 anos, que perdeu o braço após ser atropelado pelo estudante de Psicologia Alex Siwek, 22 anos, na avenida Paulista, se emocionou ao falar sobre o jovem nesta terça-feira. Ao ser questionada sobre o que mais David diz sentir com o acidente, Priscila de Oliveira Rodrigues se emocionou e encerrou a entrevista. “Ele me mostrou desenhos que fazia, e disse que não faria mais”, falou antes de terminar a entrevista. 
Segundo a delegada, David deverá passar por uma nova cirurgia no braço,  ainda sem data definida. Priscila colheu o depoimento do jovem na tarde desta terça-feira no Hospital das Clínicas (HC), onde David está internado desde domingo, após ter sido atropelado por Alex e ter parte de seu braço amputado. Após o acidente, o universitário confessou ter jogado o membro em um córrego próximo à avenida Doutor Ricardo Jafet. 
Segundo a delegada, David contou que estava a caminho de seu trabalho no momento do acidente. Ele afirma ter saído de casa às 4h30 da manhã de sua casa, no Jardim Pantanal, zona sul de São Paulo, e que às 5h30 havia chegado à avenida Paulista, onde foi atropelado.
Conforme já havia revelado Priscila, David estava na contramão, já que trafegava no sentido Consolação, mas estava na pista sentido Paraíso da ciclofaixa. O jovem afirmou que optou andar nesse sentido por se sentir mais seguro, já que os cones que marcam o espaço reservado para ciclistas já estavam colocados nessa parte da via, e não naquela onde transitava. 
“Ele atravessou pela faixa de pedestres, e foi pro outro lado, onde já estavam os cones, porque ele disse que se sentia mais seguro indo por lá”, contou a delegada. 
A delegada afirmou também que, apesar de não correr risco de morte, o limpador de vidros está bastante machucado. Além do braço amputado, ele apresenta ferimentos pelo corpo, principalmente na perna esquerda. 
Ele me mostrou desenhos que fazia, e disse que não faria mais
Priscila de Oliveira Rodriguesdelegada





Investigação prossegue
A delegada afirmou que pretende ouvir a médica do Instituto Médico Legal que realizou o exame clínico em Alex para constatar se o jovem havia ou não ingerido bebida alcoólica. No exame, entregue já entregue à polícia, a médica afirma que o atropelador apresentava sinais de embriaguez, mas negou que Alex estivesse embriagado.
O estudante se negou a fazer exame de bafômetro, de sangue e urina, e só foi examinado no IML às 11h21, mais de cinco horas depois do acidente. Testemunhas disseram que Alex apresentava sinais de embriaguez, e que ele dirigia em alta velocidade pela avenida Paulista, cortando os outros veículos, antes de atropelar David. 
A comanda deixada por Alex na casa noturna Josephine, no Itaim Bibi, onde o jovem esteve na noite do acidente, mostra que ele consumiu três doses de vodca e um energético. 
A polícia ainda não conseguiu localizar gravações que mostrem o momento do acidente, e ainda está à procura de imagens. 

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