sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Funcionário de loja diz que banda comprava artefatos pirotécnicos "toda semana"


Funcionário de loja diz que banda comprava artefatos pirotécnicos "toda semana"

Segundo vendedor, notas fiscais que comprovam aquisição do material usado na boate Kiss já estão com a Polícia Civil de Santa Maria


Funcionário de loja diz que banda comprava artefatos pirotécnicos "toda semana" Jean Pimentel/Agencia RBSUm funcionário da loja Kaboom Pirotecnia, de Santa Maria, confirmou nesta quinta-feira, a Zero Hora, que a banda Gurizada Fandangueira costumava comprar artefatos pirotécnicos "quase toda semana" na loja. Antes da tragédia na boate Kiss, no último domingo, um deles teria adquirido uma caixa de sputniks de uso externo, considerado inadequado para a casa noturna.

Incomodado com o assédio da imprensa, o funcionário disse que não tinha autorização para falar e que "tudo já foi informado para a Polícia Civil". Ele afirmou que as notas fiscais referentes à compra foram entregues aos investigadores.

— Estamos proibidos de comentar esse assunto — disse.

Apesar disso, ele confirmou que, antes da tragédia, a banda teria optado por adquirir os produtos de uso externo, que são mais baratos. Uma caixa com seis unidades custa R$ 13, enquanto que um único exemplar de sputnik indoor (uso em ambiente interno) sai por R$ 75 no local.

Na quarta-feira, sem saber que estava sendo gravado pelo repórter Cesar Menezes, da Rede Globo, deu mais detalhes:

— Ele (o membro da banda) levava só o Sputnik. Nesse dia ele decidiu levar chuva de prata para testar. Várias vezes a gente dizia para ele: tu tá usando na parte interna. Ele dizia: mas eu sei como estou usando, estou usando com segurança, eu tenho o curso. Disso dele ter o curso é pior ainda. Se tem o curso, ele sabia que não podia usar — contou.

O funcionário afirmou que foi oferecido desconto para que o integrante da banda levasse o produto de utilização interna, mas não conseguiu concretizar a venda.

— Ele não quis, porque era muito caro — declarou.

Em depoimento à Polícia Civil, o produtor da banda, Luciano Augusto Bonilha Leão, reconheceu ser o responsável pela aquisição, mas disse que os sinalizadores utilizados eram "gelados, sem queima".

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