Funcionário de loja diz que banda comprava artefatos pirotécnicos "toda semana"
Segundo vendedor, notas fiscais que comprovam aquisição do material usado na boate Kiss já estão com a Polícia Civil de Santa Maria

Incomodado com o assédio da imprensa, o funcionário disse que não tinha autorização para falar e que "tudo já foi informado para a Polícia Civil". Ele afirmou que as notas fiscais referentes à compra foram entregues aos investigadores.
— Estamos proibidos de comentar esse assunto — disse.
Apesar disso, ele confirmou que, antes da tragédia, a banda teria optado por adquirir os produtos de uso externo, que são mais baratos. Uma caixa com seis unidades custa R$ 13, enquanto que um único exemplar de sputnik indoor (uso em ambiente interno) sai por R$ 75 no local.
Na quarta-feira, sem saber que estava sendo gravado pelo repórter Cesar Menezes, da Rede Globo, deu mais detalhes:
— Ele (o membro da banda) levava só o Sputnik. Nesse dia ele decidiu levar chuva de prata para testar. Várias vezes a gente dizia para ele: tu tá usando na parte interna. Ele dizia: mas eu sei como estou usando, estou usando com segurança, eu tenho o curso. Disso dele ter o curso é pior ainda. Se tem o curso, ele sabia que não podia usar — contou.
O funcionário afirmou que foi oferecido desconto para que o integrante da banda levasse o produto de utilização interna, mas não conseguiu concretizar a venda.
— Ele não quis, porque era muito caro — declarou.
Em depoimento à Polícia Civil, o produtor da banda, Luciano Augusto Bonilha Leão, reconheceu ser o responsável pela aquisição, mas disse que os sinalizadores utilizados eram "gelados, sem queima".
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