Polícia prende 147 suspeitos de participação nos atentados em SC
Operação da Força Nacional de Segurança começou no sábado; um dos principais mandantes dos ataques foi preso na madrugada desta terça-feira
Maykon, conforme o diretor da Deic Akira Sato, suspeito de ser o principal mandante, em liberdade, dos atentados é cunhado de Rodrigo Oliveira, o "Rodrigo da Pedra", conhecido traficante catarinense, um dos líderes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC)
e incluído entre os 40 presos que foram transferidos para um presídio federal no último sábado. A sogra e a mulher de Rodrigo da Pedra já haviam sido presas no último sábado por suspeitas de participação em atentados. No apartamento de Maykon, a polícia encontrou munição de calibre 9mm de uso restrito.
Desde o último sábado mais de 70 mandados de prisão foram cumpridos durante a Operação Divisas anunciada, sábado passado, pelo ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Entre suspeitos de envolvimento com a PGC e com os autores de atentados estão quadro advogados. Eles serão encaminhados ainda nesta terça-feira para uma sala do 8º Batalhão da Polícia Militar de Joinville, onde há seis dias encontra-se a advogada Fernanda Fleck, presa em janeiro por suposto envolvimento na morte da agente penitenciária Deise Alves. A vítima era esposa do diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara. O assassinato ocorreu no ano passado.
A Agência de Inteligência da PM ainda não associou à onda de atentados em Santa Catarina as cinco ocorrências registradas na noite de segunda e madrugada desta terça-feira. Os ataques foram contra automóveis particulares nas cidades de São Francisco do Sul, Joinville, Canoinhas, Chapecó e Tubarão.
Conforme o Centro de Comunicação Social da PM, as ações criminosas foram isoladas e sem características de atentados. A PM considera como vandalismo os sinistros das últimas horas e cita o caso de São Francisco do Sul onde duas crianças foram vistas por populares fugirem do local onde foi incendiado um carro no terreno de seu proprietário. O tipo de artefato inflamável utilizado - geralmente de pouca combustão - está entre os critérios que fazem a PM descaracterizar as últimas ações. Relatório oficial dá conta que 111 atentados já foram praticados em 36 municípios catarinenses nas últimas três semanas.
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