segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Advogado de proprietário da boate Kiss pede prorrogação de prisão temporária


Advogado de proprietário da boate Kiss pede prorrogação de prisão temporária

Defensor alega que Elissandro Spohr quer fazer acareação com bombeiros, engenheiros e componentes da banda

Advogado de proprietário da boate Kiss pede prorrogação de prisão temporária<br /><b>Crédito: </b> Mauro Schaefer
Advogado de proprietário da boate Kiss pede prorrogação de prisão temporária 
O advogado de defesa do sócio da boate Kiss Elissandro Spohr, Jader Marques, declarou na tarde desta segunda-feira, em entrevista coletiva em Santa Maria, que pedirá a prorrogação da prisão temporária do seu cliente por mais 30 dias. Segundo ele, o objetivo é dar continuidade ao inquérito policial com a ajuda de seu cliente, que quer fazer acareação com aqueles que estão prestando depoimento e participar da reconstituição da tragédia na boate Kiss, o que até agora não aconteceu.

Marques afirma que a defesa não está tendo acesso a todo o material de investigação. “São mais de 20 volumes e tivemos acesso a apenas nove. Mas isso não impediu a defesa de saber, pela imprensa, do intuito da autoridade policial de encerrar o inquérito nesta semana.” O advogado alegou que é “inadmissível que seja concluído um inquérito nesta semana com a declaração da autoridade policial disse que as investigações não estão encerradas”.

O defensor alega que quando foi feito o pedido de transferência de Elissandro do hospital em que estava internado para a cidade de Ijuí, a autoridade policial acreditava que haveria melhor condução do processo se o sócio da boate estivesse em Santa Maria, e que por isso a defesa acatou o pedido. “Um dos motivos de ele aceitar vir em santa Maria foi a sinalização da autoridade policial de acareação e participação na reconstituição dos fatos. Essa promessa de que ele participaria do processo de maneira efetiva fez com que ele ficasse. A reconstituição até agora não foi realizada.”

O decreto da primeira prisão, de cinco dias, aconteceu porque Elissandro e os demais envolvidos eram suspeitos de homicídio doloso. Essa prisão seria prorrogável por mais cinco dias, explicou Jader Marques. “Houve uma mudança na imputação, a partir dos exames feitos na espuma e nas evidências colhidas na casa, para homicídio doloso qualificado, o que transformou o delito em hediondo e houve uma nova fixação de prisão temporária por 30 dias, que é renovável por mais 30 dias.”

O advogado acredita que, além do direito de Elissandro se defender, não haveria outra pessoa capaz de identificar a Kiss sob os escombros e explicar até onde a espuma cobria a boate. “Estou pedido a prorrogação do inquérito policial, com a oferta da liberdade do meu cliente, porque isso permitirá ele realizar o que desde o início ele quer:  fazer. Ele quer acareação com as pessoas estão passando informações com as quais ele não concorda: os dois comandantes dos bombeiros, o que firmou o alvará, o engenheiro responsável pela obra acústica, uma ex- funcionária da boate, tida por ele como uma pessoa que ele sempre deu carinho e cobertura, que por questões trabalhistas e familiares se voltou contra ele, e com os dois membros da banda Gurizada Fandangueira.”

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