segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ainda da base aliada, Campos critica política de desoneração do governo Dilma


Ainda da base aliada, Campos critica política de desoneração do governo Dilma

Para o pernambucano, medidas não garantem a manutenção dos empregos
Ao lado de Paulinho, Campos criticou política econômica do governo
Ainda da base aliada do Planalto, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), criticou — como vem fazendo nos últimos meses — de maneira severa a política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff.  
Em busca de apoio dos sindicalistas para sua eventual candidatura à Presidência, o pernambucano participou de evento realizado pela Força Sindical, em São Paulo, e questionou a política de desonerações feitas pela presidente —  como a da cesta básica e da folha de pagamento de alguns setores.  
— O tático não pode ser engolido pelo estratégico. Isso não quer dizer que não se possa lançar mão de medidas de desoneração pontuais. Mas é fundamental que haja rumo estratégico. O que estamos fazendo para melhorar a produtividade na vida brasileira.    
Campos falou por cerca de meia hora para os sindicalistas e, apesar de não se colocar oficialmente como candidato à sucessão de Dilma em 2014, foi tratado e se portou como tal.  
O presidente da Força, deputado Paulinho (PDT-SP), por exemplo, disse a todos que “vê com bons olhos” a candidatura do socialista.  
— Acreditamos na sua trajetória, na sua luta. A candidatura de Campos é uma boa oportunidade que a esquerda tem de discutir. Antes havia quase uma unanimidade porque não havia alternativa [ao PT]. O Eduardo Campos abre essa alternativa. E eu sou um dos que acho que tem que ter alternativa e vou defender isso.  
Campos afirmou ainda que a desoneração da folha não basta para manter empregos.  
— Se a economia não animar podemos correr o risco de afetar o mercado de trabalho no Brasil.  
Para ele, o governo precisa dar garantias aos empresários para estimular os investimentos do setor produtivo no País.  
— Os investimentos do mundo privado vão vir na hora em que passarmos confiança e o mercado entender que as perspectivas dão segurança a um novo ciclo de investimento.  Para isso, é fundamental que regras sobre uma série de setores estratégicos sejam consolidadas. Elas estão em suspenso, aguardando a votação de novos marcos. Os velhos já não servem mais. 

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