sábado, 19 de março de 2011

EUA iniciam operação contra Líbia com mísseis Tomahawk

WASHINGTON (AFP) - Estados Unidos e Grã-Bretanha dispararam uma salva de 110 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra a Líbia, no início da operação contra o regime do coronel Muammar Khadafi, visando anular a capacidade antiaérea líbia e "moldar o campo de batalha".

Os mísseis foram disparados de navios e submarinos de Estados Unidos e Grã-Bretanha e atingiram "mais de 20 alvos", incluindo instalações do sistema integrado de defesa antiaérea e de comunicações estratégicas, todos situados na costa, revelou o almirante americano William Gortney.

O ataque ocorreu durante a noite e será necessário "algum tempo" para avaliar seu resultado, por meio de aviões não tripulados durante o dia, disse o almirante.
"Atualmente, nossa missão é moldar o campo de batalha para que nossos aliados tomem a iniciativa" da instalação de uma zona de exclusão aérea, explicou.

Os Tomahawk, mísseis de médio alcance, voam junto ao solo, acompanhando o relevo, e são quase invisíveis ao radar, tendo um nível de precisão muito elevado.
O ataque foi dirigido a alvos em torno de Trípoli e de Misrata, 200 km a leste da capital.

Os mísseis atingiram várias instalações militares, especialmente baterias de mísseis antiaéreos SA-5, radares e centros de comando das forças de Khadafi, revelou o almirante Gortney.

Segundo a TV líbia, "objetivos civis" foram bombardeados nas cidades costeiras de Trípoli, Misrata, Zuara e Benghazi, incluindo o hospital de Bir Osta Miled, 15 km a leste da capital.
Em Trípoli, chamas e colunas de fumaça eram visíveis no leste da capital.

Os disparos saíram de dois destróieres americanos - Stout e Barry -, e de três submarinos - Providence, Florida e Scranton -, todos equipados com mísseis Tomahawk, cuja carga explosiva é de 450 quilos.

A aviação francesa, que utiliza os Rafale e os Mirage 2000, fez ao menos quatro incursões, destruindo "vários tanques do Exército líbio na região de Benghazi".

Além da frota americana, outros 20 navios - franceses, canadenses, britânicos e italianos - participam da ofensiva, que começou hoje após uma cúpula em Paris definir a missão.

Segundo um oficial francês que pediu para não ser identificado, os ataques são "coordenados" do quartel-general das forças americanas na Europa.

"Trata-se de uma operação multilateral sob a coordenação do comando americano para as forças americanas na Europa, com sede em Stuttgart, Alemanha. Este quartel-general se ocupa de coordenar os centros operacionais aéreos franceses, com sede em Lyon, e os britânicos, baseados em Northwood".

Os americanos têm um papel "estratégico" nesta coordenação e no comando da operação, disse o oficial.

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