quarta-feira, 10 de julho de 2013

Diplomas de dentista e psicólogo exigirão trabalho obrigatório no SUS

Diplomas de dentista e psicólogo exigirão trabalho obrigatório no SUS

Decisão vale para estudantes que ingressarem na faculdade a partir de 2015
Programa Mais Médicos foi anunciado nesta segunda-feira (8) pelo governo
A criação de um ciclo obrigatório de trabalho no SUS (Sistema Único de Saúde) não deve ficar restrito ao curso de medicina, como definido no programa Mais Médicos, anunciado nesta segunda-feira (8) pelo governo. O CNE (Conselho Nacional de Educação) estuda a adoção da medida para outras carreiras da área de saúde. O plano prevê que estudantes de odontologia, psicologia, nutrição, enfermagem e fisioterapia também concluam a formação com atividades na rede pública.

“Isso já vem sendo pensado”, informou nesta terça-feira (9) o secretário de Educação Superior do MEC (Ministério da Educação), Paulo Speller. 

Não há prazo para a conclusão da análise, que começou antes mesmo dos estudos sobre o caso da medicina. A administração federal anunciou nesta segunda-feira a edição de MP (medida provisória) para ampliar de seis para oito anos a duração de medicina em instituições públicas e privadas.

A decisão vale para estudantes que ingressarem na faculdade a partir de 2015. O ciclo complementar será feito em locais indicados pelas instituições de ensino, que formarão rede com serviços públicos de assistência. 

Durante os dois anos do ciclo suplementar, o aluno não pagará mensalidade. Pelos serviços prestados, receberá uma bolsa com valor ainda não definido. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a remuneração deverá variar entre R$ 2,9 mil e R$ 8 mil. A verba virá da saúde.

Remuneração

As instituições de ensino receberão pela supervisão feita ao trabalho do aluno na rede do SUS. A forma como isso será feito também ainda não está decidida. “Há tempo ainda para se pensar”, justificou Speller. “Estamos falando em algo que terá impacto apenas em 2021.”

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não descartou a possibilidade de o aluno ser enviado para uma cidade diferente daquela onde ele cursou a graduação. Para isso, no entanto, é preciso que a instituição de ensino tenha um vínculo com a unidade básica de saúde ou o hospital para onde o estudante será enviado. A regulamentação do texto pelo CNE deve demorar seis meses. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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