quinta-feira, 11 de julho de 2013

Aloizio Mercadante tenta transferir a incompetência do governo para o Congresso, diz Caiado

Aloizio Mercadante tenta transferir a incompetência do governo para o Congresso, diz Caiado

Sem visão – Em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (11), o líder do Democratas, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que o ministro Aloizio Mercadante (Educação) tenta transferir a incompetência do Executivo ao Congresso Nacional. Caiado repudiou declaração de Mercadante ao jornal “Folha de S. Paulo”, de que o eleitor cobrará caro do parlamento a não realização do plebiscito sobre reforma política.
“Veja o quanto os porta-vozes do governo são inescrupulosos. Mercadante, ministro e ex-senador, deveria ter um conhecimento mínimo de Constituição e Regimento Interno quando induz a população que estamos impedindo a consulta popular. O plebiscito já foi feito e o povo disse nas passeatas que quer é uma saúde de qualidade, uma educação que seja compatível para nossos jovens, uma mobilidade urbana. É fazer com que os mensaleiros não fiquem apenas no julgamento e sejam cumpridas as penas”, disse.
“O povo está cansado da corrupção que se alastra pelo País, na Copa, no BNDES, o Eike Batista e os cartéis quebrando um banco popular. Podemos mostrar a corrupção na Petrobras com o escândalo da compra da refinaria de Pasadena (EUA). 78% da população diz que esse governo oferece um péssimo sistema de saúde. Então, Mercadante, não venha esconder as mazelas desse governo tentando repassar para o Congresso Nacional a incompetência do Executivo”, disse.
“Mercadante, o sistema é presidencialista. Não queira jogar a falência do governo Dilma nas costas do Congresso. Quem não investe em educação, saúde, segurança e combate à corrupção é a presidente Dilma que tem o poder da caneta”, finalizou o líder democrata.
Jogo covarde
Elevado a “office-boy” da crise política que ronda o governo do PT, Mercadante foi transformado em interlocutor de Dilma Rousseff durante o período de instabilidade que parece não ter fim. Pífio como senador, o agora ministro da Educação é a aposta alternativa do Palácio do Planalto para disputar o governo de São Paulo pelo PT. Enquanto o ex-presidente Lula insiste em fazer do ministro Alexandre Padilha (Saúde) o candidato petista ao Palácio dos Bandeirantes, Dilma joga em duas frentes, sendo a primeira o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, que continua sem justificar sua indicação ao cargo.
A queda de braços entre Dilma e Lula ficou evidente com o esvaziamento da Secretaria de Relações Institucionais, comandada pela ainda ministra Ideli Salvatti, que como todos sabem é obediente ao ex-metalúrgico.
Enquanto os petistas de digladiam nos bastidores do poder, o governo tenta, equivocadamente, passar à opinião pública que a culpa pela crise é do Legislativo. Essa manobra rasteira não deve acabar bem, pois Dilma está desdenhando a peçonha de deputados e senadores, começando pelos da chamada base aliada.
O primeiro sinal da intifada que pode estourar a qualquer momento surgiu com a decisão de Renan Calheiros apoiar a apresentação de um requerimento que cobra detalhamento de todas as viagens realizadas com aviões da Força Aérea Brasileira desde 2002. Ignorar o poço de maldades do PMDB é querer cometer suicídio político.

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