sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

10 anos de PT no poder marcado pela maior inflação em 10 anos.


10 anos de PT no poder marcado pela maior inflação em 10 anos.

Sob influência dos alimentos, IPCA sobe 0,86% em janeiro, maior taxa desde abril de 2005; Tombini diz que alta preocupa. Queda na tarifa de luz e adiamento de reajuste de ônibus evitam que índice passe de 1%; 75% dos itens sobe. 

 

O IPCA, índice de preços que mede a inflação oficial, subiu 0,86% no mês passado -a maior alta desde abril de 2005-, o que resultou no pior janeiro desde 2003. Naquele ano, o país sofria os efeitos de uma escalada do dólar, que afetou os preços no país. O resultado de janeiro levou a inflação acumulada em 12 meses a alcançar 6,15%, perto do limite fixado pelo governo (6,5%). Após a divulgação, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou, em entrevista ao site do jornal "O Globo", que a inflação está resistente e preocupa. Ele disse que "a situação não é confortável e, por ora, o BC está avaliando tudo". As declarações levaram investidores a acreditar na alta dos juros ainda neste ano.

Segundo analistas, se não fossem a antecipação do corte da tarifa de energia para o fim de janeiro e o adiamento, a pedido do Ministério da Fazenda, dos reajustes de ônibus no Rio e em São Paulo, a inflação superaria 1%. Para Juan Jensen, sócio da Tendências Consultoria, tais ações mostram que o Brasil não faz uma maquiagem dos índices de preço, como a Argentina, mas "administra" reajustes importantes "para mascarar um processo inflacionário em curso".

Outro exemplo, diz, é o represamento da alta da gasolina, que só vai pesar na inflação de fevereiro. O produto está abaixo dos preços internacionais, comprometendo o caixa da Petrobras e sua capacidade de investimento. Jensen diz que as medidas reduzem a credibilidade do BC, que adotou uma política monetária frouxa nos últimos três anos. Ou seja, manteve juros baixos e aceitou uma inflação maior. Agora, diz, o BC colhe os efeitos de empresários indexarem seus preços, repassando mais rapidamente e de modo mais intenso aumentos de custos e aproveitando para recompor suas margens.
DISSEMINAÇÃO

Apesar de concentrada em alimentos, que subiram 1,99% em janeiro -a maior alta para o mês desde 2003, sob efeito de problemas climáticos-, a inflação sobe "de modo disseminado" e o crescimento mais acelerado do PIB neste ano (estimado em 3%) eleva ainda mais o risco de inflação no teto da meta, diz Luiz Roberto Cunha, professor da PUC-Rio. Consultorias estimam que 75% dos itens tenham sofrido aumentos em janeiro.

Segundo o IBGE, o IPCA de janeiro já mostrou influência da redução das tarifas de energia, mas a maior parte do impacto virá em fevereiro. Diante disso, analistas estimam que o índice recue a quase metade da taxa de janeiro, perto de 0,45%. (Folha de São Paulo)
Fonte: http://coturnonoturno.blogspot.com.br/

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