sábado, 30 de abril de 2011

TSE ainda não recebeu prestação de contas de 10 partidos


Os partidos têm até a próxima segunda-feira (2) para prestar contas de 2010 à Justiça Eleitoral. Entretanto, 10 diretórios nacionais ainda não enviaram seus balanços contábeis ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São eles: PDT, PPS, PP, PCdoB, PTC, PSC, PRP, PT do B, PCB e PTN.

As informações são relativas ao movimento financeiro de todo o ano e não apenas das campanhas eleitorais, cujas prestações foram apresentadas no final do ano passado.

Segundo a legislação eleitoral, caso os partidos não apresentem as contas no prazo, eles podem deixar de receber cotas do Fundo Partidário. O mesmo ocorre caso sejam detectadas irregularidades.

Nesses casos, a legenda pode ser punida pelo período de um a 12 meses ou por meio de desconto do valor apontado como irregular. Caso a Justiça detecte que a prestação de contas está incompleta, o relator responsável abre uma diligência para que a informação seja complementada.

Os balanços devem conter a discriminação detalhada das receitas e despesas da agremiação, assim como os valores e destinação dos recursos recebidos do fundo partidário, a origem e o valor das contribuições e doações. As despesas de caráter eleitoral devem conter a especificação e comprovação dos gastos com programas no rádio e televisão, comitês, propaganda, publicações, comícios e demais atividades de campanha.

Os diretórios regionais devem encaminhar as informações aos tribunais regionais eleitorais do respectivo estado, e os diretórios municipais aos juízes eleitorais.

Abortamento, um tema de dor

É importante não se perder na discussão vazia de se ser contra ou a favor do aborto, como se fôssemos contra ou a favor da vida.

1338 300x300 Abortamento, um tema de dor

Pergunte-se a quem quiser, e qualquer um vai dizer ser contra o aborto.  E, convenhamos, nenhuma mulher acha bom ou agradável submeter-se a um abortamento, ou abortar, sozinha, seu feto.

O aborto acontece, quase sempre, no escuro da alma, no medo, na insegurança, na tristeza. Não é algo desejado e por isto não é defendido por ninguém. O que se coloca em discussão, e se faz necessário, é olhar para a questão do abortamento tal como ele se põe – uma questão de saúde pública, de saúde e de vida da mulher.

Uma revista feminina, neste mês, entrevistou as nove ministras do governo Dilma. E a todas foi feita a pergunta: "a senhora é a favor da legalização do aborto?". Todas, de um jeito ou de outro, responderam que sim, que são a favor de a mulher ter o direito de abortar. Mas perderam, quase todas, uma boa oportunidade de, naquele tipo de veículo de comunicação, voltado ao chamado "público feminino", apresentarem suas respostas de modo mais firme, contundente e esclarecedor. Especialmente por serem todas mulheres, a ocuparem um cargo expressivo no atual governo do Estado brasileiro. Estado este que ainda faz vistas grossas para um milhão de abortos feitos no país, anualmente.

Em alguns estados brasileiros, o aborto é a primeira causa de mortalidade materna. Abortos feitos aos milhares, todos os dias, na clandestinidade, sem qualquer cuidado, de modo precário e inseguro para a mulher. Milhares morrem; outras, se não morrem, suportam sequelas físicas e/ou psicológicas perenes. E, seguem todas, mortas ou vivas, com a pecha de criminosas. O que não se pode mais esconder embaixo do tapete é a discussão sobre a legalização do aborto, afastar dela a conduta criminosa.  É por aí que se deve conduzir o debate e o foco da luta de todos, mulheres e homens.

Não se trata de querer adotar o aborto como meio de controle de natalidade, nem de tê-lo como algo desejável, indicado ou imposto a quem engravidou e não quer ou não pode ser mãe. Mas cabe reconhecer, sem hipocrisia, que tratar o aborto como crime, como figura criminal descrita no Código Penal, não é, e jamais foi, meio de evitá-lo. A criminalização do aborto não o inibe, nem é forma adequada para proteger a vida do feto e tampouco da mulher. Todos somos a favor da vida, sem dúvida. Todos não desejamos o aborto. Mas imprimir a quem o pratica o peso de um crime é querer fechar os olhos para a realidade e negar um gravíssimo problema de saúde que assola este país.

Mantendo o aborto como figura criminosa, sofre o Brasil um alto custo social, condenando milhares de mulheres à morte ou a suportar sérios comprometimentos à sua saúde.  É preciso dar condições dignas de saúde à mulher que deseja e necessita abortar. É preciso educar homens e mulheres para uma vida sexual saudável e responsável. Afinal, o homem não engravida, não aborta, mas contribui com a geração de um filho. E, ao fazerem a lei, homens e mulheres, que nunca abortaram, devem ponderar essa circunstância antes de lançar um olhar condenador ou de censura à mulher que abortou ou quer fazê-lo. Ao contrário do que respondeu uma das ministras à pergunta da jornalista, o aborto não é apenas uma questão de "foro íntimo da mulher", senão um direito dela de decidir e ter acolhida sua opção pelo Estado, que lhe deve proporcionar os meios para exercer tal direito.

É importante não se perder na discussão vazia de se ser contra ou a favor do aborto, como se fôssemos contra ou a favor da vida. Essa discussão foi usada de modo sórdido e perverso nas últimas eleições, mas em nada contribuiu para salvar vidas.  Somos todos a favor da vida. Da vida do feto e da vida da mulher. Mas é preciso reconhecer que, enquanto o aborto continuar a ser considerado crime, apenas se estará a enviar milhares de mulheres, quase sempre pobres, à morte. O sistema penal, o crime e sua pena, não são meios eficazes de evitar a prática do abortamento. Outros meios existem para isso. Legalizar o aborto não significa ser contra vida, ou impor às mulheres a prática do aborto. Tirar o aborto da clandestinidade, afastá-lo da figura de um crime, apenas fará com que o tema se reduza ao que é: um problema grave de saúde pública. Nada mais. No mais, que o Estado, sem hipocrisia e sem se esquecer que é laico, adote políticas públicas que viabilizem o acesso da população aos meios contraceptivos, que preste educação e orientação sexual aos jovens. E que permita que a mulher que, sim, por questão de foro íntimo, deseje abortar, seja acolhida, respeitada e humanamente assistida e tratada neste momento que é de dor e jamais de prazer.

* Dora Martins é integrante da Associação Juízes para a Democracia.

** Publicado originalmente na Radioagência NP e retirado do site Brasil de Fato.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

6° QUADRANCAMP


JUVENTUDE DA 3° QUADRANGULAR E MISSÃO JIRÉ DE ESTÂNCIA VELHA,NA 6° QUADRANCAMP

quarta-feira, 27 de abril de 2011

EM ESTÂNCIA VELHA

Por Daniel Ribeiro

Geada esfria a própria proposta de criação de fundação
















O vereador Geada, batizado Carlos Albino Dietrich (PMDB), viu que o seu  ante-projeto propondo transformar o Hospital Municipal Getúlio Vargas numa "fundação estadual (?) de saúde", era uma fria, para a qual não dispunha de agasalho (informação e argumentos) suficiente para sustentar e pediu a sua retirada da pauta da sessão desta terça-feira.  
Um grupo de servidores do Hospital, chegou a levantar alguns cartazes contestando e protestando a cerca da proposta do vereador geada.  Por certo, não foi isso que levou edil a tirar o time de campo, sob o argumento de que "irá debater, discutir com a comunidade", como se a comunidade dominasse o assunto que ele próprio não domina.  Menos ruim.
Em Estância Velha
Assinatura de contrato para asfaltamento



















Estância Velha – Nesta segunda-feira, 25, foi firmado contrato entre Prefeitura e a empreiteira Dobil Engenharia Ltda que prevê asfaltamento de ruas importantes do município. O valor da obra está previsto em R$ 695.629,27

RUAS QUE RECEBERÃO ASFALTADAS

- Rua Eça de Queiroz, bairro Floresta
- Av. Sete de Setembro no trecho entre a av. Presidente Lucena e a rua Tanino
- Prolongamento da rua Tanino

"Temos que soltar foguetes e vibrar muito com esta assinatura de contrato, porque parece ser mais difícil a conquista deste momento do que a própria realização da obra", salienta o prefeito Waldir Dilkin."
Em Estância Velha
Vereadores reprovam redução do valor das diárias




Estância Velha - Na sessão desta noite nem o anteprojeto do vereador Geada, que previa a transformação do Hospital em Fundação, nem a presença da diretora do Departamento de Habitação, Sônia Cardoso, que estava convocada para prestar esclarecimentos aos vereadores, foram motivos de discussão.
A sessão mais uma vez foi pautada por um velho assunto e que vira e mexe é destaque: diárias. A proposta de redução dos valores das diárias foi reprovada, com o voto (contrário) de minerva do presidente Carlinhos Vira Mato, que ocupa a vaga de Tomé Foscarini, que está em licença saúde. O projeto de autoria de Foscarini previa a redução de R$ 510, 00 para R$ 400,00 o valor das diárias para fora do Estado.
Antes da reprovação desta matéria, os vereadores já haviam reprovado a emenda modificativa da vereadora Rosani Morsch que pretendia reduzir os R$ 400 propostos por Foscarini por R$ 300 e os R$ 112,00 (diária dentro do Estado) para R$ 52,00.

Pesquisa sobre população com diploma universitário deixa o Brasil em último lugar entre 36 países

1270 Pesquisa sobre população com diploma universitário deixa o Brasil em último lugar entre 36 países

Brasília – Para concorrer em pé de igualdade com as potenciais mundiais, o Brasil terá que fazer um grande esforço para aumentar o percentual da população com formação acadêmica superior. Levantamento feito pelo especialista em análise de dados educacionais Ernesto Faria, a partir de relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), coloca o Brasil no último lugar em um grupo de 36 países ao avaliar o percentual de graduados na população de 25 a 64 anos.

Os números se referem a 2008 e indicam que apenas 11% dos brasileiros nessa faixa etária têm diploma universitário. Entre os países da OCDE, a média (28%) é mais do que o dobro da brasileira. O Chile, por exemplo, tem 24%, e a Rússia, 54%. O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa, disse que já houve uma evolução dessa taxa desde 2008 e destacou que o número anual de formandos triplicou no país na ultima década.

"Como saímos de um patamar muito baixo, a nossa evolução, apesar de ser significativa, ainda está distante da meta que um país como o nosso precisa ter", avalia. Para Costa, esse cenário é fruto de um gargalo que existe entre os ensinos médio e o superior. A inclusão dos jovens na escola cresceu, mas não foi acompanhada pelo aumento de vagas nas universidades, especialmente as públicas. " Isso [acabar com o gargalo] se faz com ampliação de vagas e nós começamos a acabar com esse funil que existia", afirmou ele.

Costa lembra que o próximo Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece como meta chegar a 33% da população de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior até 2020. Segundo ele, esse patamar está, atualmente, próximo de 17%. Para isso será preciso ampliar os atuais programas de acesso ao ensino superior, como o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que aumentou o número de vagas nessas instituições, o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece aos alunos de baixa renda bolsas de estudo em instituições de ensino privadas e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), que permite ao estudantes financiar as mensalidades do curso e só começar a quitar a dívida depois da formatura.

"O importante é que o ensino superior, hoje, está na agenda do brasileiro, das famílias de todas as classes. Antes, isso se restringia a poucos. Observamos que as pessoas desejam e sabem que o ensino superior está ao seu alcance por diversos mecanismos", disse o secretário.

Os números da OCDE mostram que, na maioria dos países, é entre os jovens de 25 a 34 anos que se verifica os maiores percentuais de pessoas com formação superior. Na Coreia do Sul, por exemplo, 58% da população nessa faixa etária concluiu pelo menos um curso universitário, enquanto entre os mais velhos, de 55 a 64 anos, esse patamar cai para 12%. No Brasil, quase não há variação entre as diferentes faixas etárias.

O diagnóstico da pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) e especialista no tema Elizabeth Balbachevsky é que essa situação é reflexo dos resultados ruins do ensino médio. Menos da metade dos jovens de 15 a 17 anos está cursando o ensino médio. A maioria ou ainda não saiu do ensino fundamental ou abandonou os estudos. "Ao contrário desses países emergentes, a população jovem que consegue terminar o ensino médio no Brasil [e que teria condições de avançar para o ensino superior] é muito pequena".

Como 75% das vagas em cursos superiores estão nas instituições privadas, Elizabeth defende que a questão financeira ainda influencia o acesso. "Na China, as vagas do ensino superior são todas particulares. Na Rússia, uma parte importante das matrículas é paga, mas esses países desenvolveram um esquema sofisticado de financiamento e apoio ao estudante. O modelo de ensinos superior público e gratuito para todos, independentemente das condições da família, é um modelo que tem se mostrado inviável em muitos países", comparou ela.

A defasagem em relação outros países é um indicador de que os programas de inclusão terão que ser ampliados. Segundo Costa, ainda há espaço – e demanda – para esse crescimento. Na última edição do ProUni, por exemplo, 1 milhão de candidatos se inscreveram para disputar as 123 mil bolsas ofertadas. Elizabeth sugere que os critérios de renda para participação no programa sejam menos limitadores, para incluir outros segmentos da sociedade.

"Os dados mostram que vamos ter que ser muito mais ágeis, como estamos sendo, fazer esse movimento com muita rapidez porque, infelizmente, nós perdemos quase um século de investimento em educação. A história nos mostra que a Europa e outras nações como os Estados Unidos e, mais recentemente, os países asiáticos avançaram porque apostaram decididamente na educação. O Brasil decidiu isso nos últimos anos e agora trabalha para saldar essa dívida", disse a pesquisadora.

Edição: Vinicius Doria

*Publicado originalmente no site da Agência Brasil.

Cientistas recomendam mais dois anos de discussão sobre novo Código Florestal

1269 Cientistas recomendam mais dois anos de discussão sobre novo Código Florestal

Brasília – A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) querem que o Congresso Nacional adie por dois anos a votação do novo Código Florestal e tome a decisão sobre a nova lei com base em estudos científicos. A recomendação das duas entidades é baseada em estudo feito por um grupo de trabalho formado por 12 especialistas e publicado ontem (25).

Como a votação do Projeto de Lei nº 1876/99 divide ambientalistas e ruralistas, as duas entidades científicas se oferecem para mediar o "diálogo", termo escolhido no lugar de "debate". "A ciência brasileira não pode ficar fora do diálogo sobre o novo Código Florestal", afirmou a presidenta da SBPC, Helena Nader.

Segundo ela, nenhum cientista ou pesquisador foi consultado para "aquela proposta" do deputado Aldo Rebelo (PCdo B-SP). Rebelo é o autor do relatório aprovado em julho do ano passado em comissão especial na Câmara dos Deputados. De acordo com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a proposta deve ser votada na próxima semana, no dia 3 ou 4 de maio.

Integrantes do grupo de trabalho da ABC e da SBPC explicam que o prazo de dois anos é necessário para que se avaliem os possíveis efeitos que as mudanças na legislação terão no meio ambiente. Para o grupo, é preciso prazo também para o desenvolvimento de tecnologia que permita analisar, por exemplo, por meio de maquetes digitais (com topografia feita com base em imagens de satélite), as condições do solo e medir o tamanho das áreas que devem permanecer protegidas.

"O que está sendo proposto [no relatório de Aldo Rebelo] não tem embasamento científico", diz o engenheiro Antônio Donato Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Nobre não criticou diretamente os ruralistas e disse à Agência Brasil que "tem fundamento" a reclamação dos produtores rurais em relação às  exigências do atual Código Florestal, que é de 1965. "Existe uma série de tópicos que carecem de melhor definição", diz o cientista, ressaltando, porém, não acreditar que as exigências do atual código inviabilizem a atividade rural.

Para o advogado do Instituto Socioambiental (ISA), Raul Telles do Valle, o Congresso Nacional deveria acatar o pedido da SBPC e da ABC. "Não é razoável fazer uma votação e jogar isso aí [o estudo] no lixo. A ciência é parte", reconheceu.

Os cientistas programaram entregar nesta tarde o estudo ao presidente da Câmara dos Deputados e ao próprio deputado Aldo Rebelo. Além desses, irão receber o texto, ao longo da semana, os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, da Educação, Fernando Haddad; e da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

O documento será levado na quarta-feira (27) à Casa Civil da Presidência da República.

O texto está disponível no site da SBPC (www.sbpcnet.br) e da ABC (www.abc.org.br).

Edição: Nádia Franco

*Publicado originalmente no site da Agência Brasil.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Votação do novo Código Florestal está
prevista para o início de maio
 
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Segundo o deputado Marco Maia, consenso chegará próximo a 99% dos dispositivos do código/Foto: Valter Campanato/ABr

A Câmara dos Deputados deverá votar o projeto de lei que altera o Código Florestal no dia 3 ou 4 de maio. A previsão foi feita na terça-feira, 19 de abril, pelo presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), após reunir-se com os líderes partidários. O parlamentar também afirmou que incluirá o projeto na pauta de votações e que as divergências deverão ser resolvidas na votação.

Segundo Maia, até a votação do código, o relator da matéria, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), terá tempo para fazer os ajustes necessários. Ele admitiu que não haverá um acordo total sobre o parecer de Rebelo, mas acredita que esse consenso chegará próximo a 99% dos dispositivos do código.

Marco Maia informou que, na próxima semana, os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do Desenvolvimento Agrário, Afonso Forense, comparecerão à Câmara para apresentar a posição conjunta do governo em relação ao novo Código Florestal, além de buscarem um entendimento para a aprovação da proposta.


Falta de reciclagem causa prejuízos de R$ 8 bilhões ao ano

fotos lixao prefeitura loanda reciclaveis i 300x224 Falta de reciclagem causa prejuízos de R$ 8 bilhões ao ano

O Brasil perde R$ 8 bilhões ao ano por não reciclar seu lixo. A informação é do secretário de Recursos Hídricos e Meio Ambiente do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério da Costa, e foi dada durante seminário na Câmara Legislativa do Distrito Federal na manhã desta terça-feira (12).

Segundo o secretário, esta seria a economia se o país reciclasse todos os materiais passíveis de serem reaproveitados. A quantia é suficiente para construir 1,5 milhão de casas populares a cada ano.

O déficit habitacional do país é de cerca de 6 milhões de moradias, de acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP). Ou seja, se o volume de recursos fosse direcionado para a construção de moradias, seria possível zerar o déficit habitacional do Brasil em quatro anos.

O coordenador do programa Educação para Sociedades Sustentáveis da organização não governamental ambientalista WWF-Brasil, Fábio Cidrin, avalia que o prejuízo só não é maior por conta do trabalho histórico dos catadores de materiais recicláveis. "Estima-se que entre 800 mil e 1 milhão de brasileiros catadores realizam o trabalho que permite ao Brasil ter os altos índices de reciclagem que apresenta", disse. O Brasil é, por exemplo, recordista mundial na reciclagem de latas de alumínio, reaproveitando mais de 95% do total.

O WWF-Brasil desenvolve, em parceria com a Fundação Banco do Brasil e com o Banco do Brasil, programa concebido pelo BB envolvendo um conjunto de ações relacionadas a consumo consciente e reciclagem total de resíduos em cinco cidades piloto: Belo Horizonte (MG), Caxias do Sul (RS), Natal (RN), Pirenópolis (GO) e Rio Branco (AC).

Nestas cidades, as organizações parceiras vão estimular a mudança de comportamento e valores em relação à produção e destino dos resíduos sólidos e disseminar os princípios do consumo consciente.

As ações a serem implementadas nas cidades-piloto vão permitir que os modelos desenvolvidos possam ser replicados nos demais municípios brasileiros, ajudando a diminuir a quantidade de resíduos que vai para os lixões – e diminuindo os prejuízos que o país acumula por não reciclar.

A parceria também inclui a Agência Nacional de Águas (ANA), em ações desenvolvidas em 14 microbacias hidrográficas, incentivando a agricultura sustentável por meio da adoção de práticas voltadas à melhoria da qualidade das águas e à ampliação da cobertura da vegetação natural.

A iniciativa prevê, ainda, a realização de estudos para aperfeiçoar os critérios socioambientais utilizados nos processos de financiamento e investimento do Banco do Brasil, contribuindo para a redução de risco e impactos socioambientais. E ações para aprimorar os modelos de negócios voltados ao desenvolvimento regional sustentável e ampliar o portfólio de produtos e serviços financeiros com contribuição socioambiental do BB.

O seminário realizado nesta terça-feira, com o objetivo de discutir desafios e oportunidades da Política Nacional de Resíduos Sólidos, foi organizado pela Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara Legislativa.

Governo convida sociedade para formar comitê na região de Belo Monte

1236 Governo convida sociedade para formar comitê na região de Belo Monte

Brasília – O governo abre hoje (20) consulta pública para formar um comitê gestor na região do Rio Xingu, no Pará, onde se localiza o canteiro de obras da Usina de Belo Monte. De acordo com informações da Secretaria-Geral da Presidência, a consulta servirá para que entidades da sociedade civil indiquem representantes ao Comitê Gestor do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRS-Xingu).

As indicações poderão ser feitas até o dia 6 de maio para 16 vagas de titulares e suplentes. O convite é endereçado a entidades sindicais de trabalhadores urbanos, rurais e pescadores, movimentos sociais e organizações ambientais. A inscrição poderá ser feita no endereço eletrônico articulacaosocial@presidencia.gov.br.

A construção de Belo Monte é envolvida em polêmica. O governo não abre mão da construção da usina e nas últimas semanas enfrentou manifestações tanto de organismos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), quanto de movimentos sociais contrários à instalação da unidade. Os protestos geraram uma mudança de posição do governo que resolveu intensificar a presença na região e cobrar das empresas construtoras o cumprimento de condicionantes sociais e ambientais.

Belo Monte será a maior hidrelétrica totalmente brasileira (levando em conta que a Usina de Itaipu é binacional) e a terceira maior do mundo. A usina terá capacidade instalada de 11,2 mil megawatts de potência e reservatório com área de 516 quilômetros quadrados. Até o momento, o empreendimento tem apenas uma licença parcial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar o canteiro de obras.

De acordo com o governo, os municípios paraenses abrangidos pelo plano são Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilância, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitório do Xingu.

O comitê será gerido pela Casa Civil que terá a atribuição de monitorar a execução do plano, elaborar o seu regimento interno e promover revisões periódicas. Além das entidades da sociedade civil, vão integrar o comitê cinco representantes do governo federal, do governo do estado do Pará e das prefeituras, representantes de entidades patronais do setor urbano, rural, pesqueiro e da empresa Norte Energia; representantes de comunidades indígenas da região e da área de influência direta da Usina de Belo Monte, além de um representante de instituição de ensino e pesquisa da região do Xingu.

O resultado do processo de seleção será publicado da página da Secretaria-Geral na internet (www.secretariageral.gov.br) até 10 de maio de 2011 e comunicado oficialmente às entidades por correio eletrônico.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ministra anuncia proposta do Governo para o Código Florestal

1213 Ministra anuncia proposta do Governo para o Código FlorestalDivulgação
 
Durante o "Grande Encontro em Defesa da Floresta, dos Povos e da Produção Sustentável", realizado em Parintins (AM), nos dias 15 e 16 de abril, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou que o Governo chegou a uma proposta consensual de aperfeiçoamento do Código Florestal e agora deve procurar o relator da Comissão Especial responsável pelo projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados, o deputado Aldo Rebelo, para debater o texto.

Caso não se consiga acordo em todas as questões, o Governo deve encaminhar propostas de emendas ao plenário da Câmara. A proposta apresentada pelo Governo não incorpora o conceito da relatoria de área rural consolidada, pois, mesmo as que foram cultivadas antes de 2008, para serem regularizadas deverão atender a certos requisitos, como o reconhecimento de interesse social, de utilidade pública, e não apresentarem risco ambiental.

O Governo mantém a exigência de reserva legal em seu texto e defende que a compensação ocorra no mesmo bioma, podendo ser feita em estados diferentes, desde que realizada em área prioritária para conservação da biodiversidade.

Pretende ainda simplificar a regularização ambiental, substituindo a obrigatoriedade da averbação da área de reserva legal em cartório pelo efetivo registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Extrativismo – Durante o encontro a ministra ainda determinou aos órgãos subordinados à sua pasta (Serviço Florestal Brasileiro, Ibama, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e Secretaria de Biodiversidade e Florestas, Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável) o diálogo com as comunidades extrativistas da Amazônia, com o objetivo de resolver os impasses que dificultam o manejo comunitário familiar na região.

"Quero saber dos resultados desse diálogo e buscar acolhimento das reivindicações das populações tradicionais, mesmo naquilo que não seja de responsabilidade específica do meu Ministério. Meu compromisso público é levar essas demandas inclusive para outras áreas do Governo", disse a ministra.

O posicionamento de Izabella Teixeira responde as reivindicações dos extrativistas apresentadas na abertura do evento, que foi promovido pelo Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Fórum Amazônia Sustentável e cerca de outras trinta entidades.

Entre os apelos dos comunitários, os temas mais debatidos foram a regularização fundiária, a ocupação ilegal de terras e a insuficiência de políticas públicas para o manejo florestal de base comunitária.

Os extrativistas alegaram também que, para que ocorra a sobrevivência sustentável das florestas, é preciso melhorar o acesso ao crédito e à capacitação técnica para que a produção extrativista aumente e possa ingressar nos mercados consumidores.

"Não tem sentido o País que tem a maior extensão de florestas tropicais do Planeta ter apenas cerca de 5% do PIB oriundo da economia florestal", destacou Izabella.

A ministra também anunciou que a consulta pública para a Instrução Normativa que trará as novas regras do manejo comunitário estará aberta a partir da próxima quinta-feira (21/4), no site do MMA. Segundo ela, a previsão é de que a nova regulamentação esteja pronta no mês de junho deste ano.

O evento reuniu cerca de 700 pessoas, a maioria membros de comunidades que vivem no interior da floresta e que enfrentam dificuldades para extrair produtos florestais. Também estavam presentes gestores públicos, especialistas e estudantes.

Sustentabilidade no governo: choque de interesses, práticas contraditórias

1216 Sustentabilidade no governo: choque de interesses, práticas contraditórias

Os governos, as agências públicas deveriam ser exemplos de responsabilidade social e ambiental. Mas não são. Muitas fazem parte da rede de transgressão que sabota nossa legislação e nossas políticas ambientais.

Como pode o BNDES ser o gestor do Fundo Amazônia, destinado a proteger a floresta e promover o desenvolvimento sustentável da região, e financiar empresas e se associar a empreendimentos acusados pelo Ministério Público Federal de contribuir para o desmatamento e a prática de trabalho escravo?

O MPF do Pará está processando o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia por terem financiado empreendimentos autuados por desmatamento e outras transgressões ambientais e por práticas similares às de trabalho escravo. O Banco do Brasil respondeu prontamente, fez levantamento e análise de seus empréstimos contestados e descobriu que falhas operacionais haviam permitido erros de decisão. Tomou a decisão de alterar os procedimentos na região, para evitar que esse tipo de falha ocorra novamente. Do Banco da Amazônia, nada se ouviu.

O Ministério Público Federal no Acre está processando 14 frigoríficos por terem comercializado em 2009 e 2010 mais de 2 milhões de toneladas de carne ilegal. Essa carne teria sido adquirida de fazendas autuadas por desmatamento ou práticas similares a trabalho escravo. Comentei na CBN que vários desses frigoríficos eram financiados com recursos públicos. Em sua coluna de domingo, 17 de abril, Míriam Leitão mostrou que um deles, o JBS-Friboi, recebeu mais de R$ 7 bilhões do BNDES, que é seu sócio.

O BNDES se considera uma instituição que adota práticas de sustentabilidade e responsabilidade social e ambiental. Mas essa auto-imagem entra em choque recorrente com suas operações concretas. Financia termelétricas a combustível fóssil, não adota critérios de responsabilidade social e ambiental em todas as suas operações. Era de se esperar que, pelo menos para empresas que atuam na Amazônia, o banco adotasse critérios mais rígidos. Afinal, como gestor do Fundo Amazônia, tem obrigações bastante concretas. No mínimo, com relação a empresas que operam ou podem vir a operar na Amazônia, no BNDEs deveria fazer uma completa due diligence, uma auditoria prévia, para ver se a empresa tem credenciais de responsabilidade social e ambiental que a credenciam a operar na Amazônia financiada com recursos do público, especialmente aqueles sob a guarda do gestor do Fundo Amazônia.

Essa contradição no comportamento do BNDES reflete uma contradição da política governamental como um todo no Brasil. Temos legislação ambiental bastante efetiva na letra, mas desobedecida urbi et orbi, inclusive pelos governos. Temos um compromisso internacional de redução de gases de efeito estufa, mas as políticas industrial, de energia e de transportes do Brasil dão prioridade a atividades de alto carbono, logo alta emissão. Temos metas de redução do desmatamento, mas agentes federais sistematicamente financiam empresas que contribuem para o desmatamento. Programas federais prioritários, todos no PAC, são, hoje, os maiores vetores de desmatamento na Amazônia: estradas e grandes hidrelétricas. A política energética dá mais espaço a termelétricas que a usinas eólicas e despreza a energia solar. Até agora não foi homologada no Brasil sequer a tecnologia que permite a auto-geração solar eólica e a integração ao sistema. Essa tecnologia permite grande economia de consumo doméstico de energia do sistema e, para os grandes consumidores, a redução substancial na conta de luz compensaria arcar com o investimento.

Essas contradições aparecem também na área social. O Ministério do Trabalho tem um programa de cooperação com a OIT, ONGs e empresas, para coibir o trabalho similar ao trabalho escravo no Brasil. Entretanto, toda hora, há flagrantes de empreendimentos financiados e subsidiados por outras agências do Governo Federal, submetendo seus trabalhadores a condições degradantes de trabalho forçado.
Da mesma maneira que as empresas têm que embutir a sustentabilidade na sua lógica de decisão, os governos precisam embutí-la na formulação de todas as políticas e nos critérios de alocação de verbas públicas. É claro que os governos não estão obrigados a fazer respeitar a lei e cuidar da aplicação dos princípios de responsabilidade social e ambiental apenas na Amazônia. Deveria ser padrão geral de comportamento.

Nem Marina, nem Penna, nem Sirkis. Partido Verde

O Partido Verde cresceu ou encolheu nestas eleições?O olhar do ponto de vista mensurável ou resultado eleitoral efetivo, ou ainda para ser claro, somamos um deputado em relação as últimas eleições. Crescemos pouco deste ponto de vista, no entanto em uma sinergia imensurável reconheço que crescemos muito. Tenho minhas críticas ao presidente Penna que ao longo da trajetória dele junto ao PV.Os louros estão nas mãos dele e só dele, ele está eleito e continua a anos na presidência , reconheço que estar a frente de um Partido Político como o Partido Verde é também estar no meio de um tiroteio. A luta até agora foi ardua, quando se fala em muitos anos no poder, temos que fazer a conta, quanto amassando barro e carregando piano. Sou a favor da democracia e transparência no Partido Verde. A Marina Silva incontestável liderança e dotada da capacidade que o Partido Verde merece, no entanto distante das bases que o Partido Verde tem, que levantaram a bandeira e os inúmeros candidatos do PV pelo país especificamente no RS onde abriram mão de espaços já escassos no rádio e tv para que Marina tivesse maior visibilidade.Que a tira col trouxe alguns, os problemáticos que se aproveitaram e se encostaram no PV. Isto custou ao PV do RS em minha visão uma vaga na assembléia legislativa ao menos. Temos que considerar também que estes espaços diminutos ao verdes do RS encolheram os nomes a aspirantes a vereador ou prefeitos em suas cidades . Após as eleições Marina se manteve blindada por sua assessoria e nem ao menos agradescendo o empenho dos Verdes do RS. Quanto ao Sirkis ele tem que entender que abrir outro partido para ele não é o melhor negócio. O Brasil tem problemas e o povo quer soluções. A hora e de negociação para que o Partido Verde se fortaleça e se tiver que ir Marina, Penna, Sarney e Sirkis e quem mais quiser que o vão, que fiquem aqueles que cumpram o estatuto do PV e sejam horadas suas diretrizes como um Partido que tem pessoas e não de pessoas que tem um Partido.

Marco Antonio dos Santos ( Mikonga )

Verde por Natureza

Dia do Índio. Qual sociedade é composta por selvagens?

Criança branca pintada de índio em escola de classe média alta é hype. Criança índia desterrada esmolando no semáforo é kitsch. 1214 300x297 Dia do Índio. Qual sociedade é composta por selvagens?

Índio só é fofo se vem embalado para consumo.

Ontem foi, 19 de abril, Dia do Índio. Data boa para lembrar qual sociedade é, de fato, composta por selvagens. Vamos celebrar:

Dia do Índio se tornar escravo em fazenda de cana no Mato Grosso do Sul.

Dia do Índio ser convencido que precisa dar sua cota de sacrifício pelo PAC e não questionar quando chega a nota de despejo em nome de hidrelétricas com estudo de impacto ambiental meia-boca.

Dia do Índio armar um barraco de lona na beira da estrada porque foi expulso de sua terra por um grileiro.

Dia do Índio ver seus filhos desnutridos passarem fome porque a área em que seu povo produziria alimentos foi entregue a um fazendeiro amigo do rei.

Dia do Índio ser queimado em banco de ponto de ônibus porque foi confundido com um mendigo.

Dia do Índio ser chamado de indolente.

Dia do Índio ter ignorado o direito sobre seu território porque não produz para exportação.

Dia do Índio ter negado o corpo de filhos assassinados em conflitos pela terra porque o Estado não faz seu trabalho.

Dia do Índio se tornar exposição no Zoológico da maior cidade do país como se fosse bichinho.

Dia do Índio ser retratado como praga em outdoor no Sul da Bahia por atravancar o progresso

Dia do Índio tomar porrada na Bolívia, no Paraguai, na Colômbia, no Peru, no Equador, no Chile, na Argentina, na Venezuela porque é índio.

Dia do Índio ser motivo de medo de atriz de TV, que acha que um direito de propriedade fraudulento está acima de qualquer coisa.

Dia do Índio entender que a invasão de nossas fronteiras é iminente e, por isso, ele precisa deixar suas terras para dar lugar a fazendas.

Dia do Índio sofrer preconceito por seus olhos amendoados, sua pele morena, sua cultura, suas crenças e tradições.

Enfim, Dia do Índio se lembrar quem manda e quem obedece e parar com esses protestos idiotas que pipocam aqui e ali. Ou será que nós, os homens de bem, vamos precisar de outros 511 anos para catequisar e amansar esse povo?

Governo brasileiro ainda trata a questão indígena como problema, afirma especialista

1215 Governo brasileiro ainda trata a questão indígena como problema, afirma especialistaBrasília – O governo brasileiro ainda trata a questão indígena como problema. A afirmação é do vice-presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Saulo Feitosa. Segundo ele, até a década de 70, as políticas indigenistas eram quase inexistentes, no entanto, nos últimos anos, o governo tem reconhecido a importância da implementação dessas ações direcionadas aos povos indígenas.

"A questão da política indigenista é um problema desde a construção do Estado brasileiro. Isso já dificulta a elaboração e a construção dessas políticas. Além disso, temos uma visão colonialista, que embora tenha sofrido algumas alterações, ainda subsiste", afirmou.

Para Feitosa, o governo ainda não desenvolve políticas indigenistas da forma correta, pois em vez de investir na coordenação dessas ações, acaba pulverizando-as entre os ministérios. De acordo com ele, as políticas relacionadas à saúde, à educação e aos procedimentos de demarcação de terra indígena ainda são os mais preteridos.

"Não há uma coordenação onde o governo possa pensar os povos indígenas de maneira integral. Cada ministério faz uma política específica para os povos indígenas. Atuando de maneira fragmentada, há dispersão de investimentos e dos recursos públicos", disse Feitosa.

Segundo ele, o governo da presidenta Dilma Rousseff começou sem novidades na área indigenista. "Neste novo governo não houve mudança. Pelo contrário, o governo começou bastante conturbado com essa contenda de Belo Monte e as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ainda não sabemos o que ela [a presidenta] pensa e como vai lidar com os interesses políticos".

O vice-presidente do Cimi também criticou o processo de mudanças na estrutura da Fundação Nacional do Índio (Funai). De acordo com ele, a reestruturação ocorreu de "maneira autoritária, sem qualquer consulta aos povos indígenas."

Para o presidente da Funai, Márcio Meira, a presidenta Dilma Rousseff representa a continuidade do projeto de governo que foi iniciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A mesma política indigenista que vinha sendo desenvolvida no governo Lula está sendo mantida no governo Dilma. Para que sejam prolongadas as medidas de fortalecimento da Funai e das políticas públicas que cercam os povos indígenas."

A Funai, além de coordenar as ações de demarcação de terras indígenas, também desenvolve ações de promoção social voltadas para a saúde, educação e até para o cadastramento de índios no sistema da Previdência Social. De acordo com Meira, no ano passado, o primeiro concurso da Funai em mais de 20 anos contratou 400 funcionários para atuar diretamente com os povos indígenas nas coordenações regionais da instituição.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Internacional vence Emelec e fecha grupo 6 em primeiro lugar

Equipe gaúcha chegou a 13 pontos e ficou com o primeiro lugar da chave

 

Internacional vence Emelec e fecha grupo 6 em primeiro lugar

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O Internacional está nas oitavas de final da Libertadores. Nesta terça-feira, no segundo jogo sob o comando de Paulo Roberto Falcão, a equipe gaúcha venceu o Emelec por 2 a 0, garantindo a vaga para a próxima fase.

Com o resultado, o Inter chegou a 13 pontos, ficando na primeira colocação do grupo 6. O Emelec, com oito pontos, acabou em terceiro lugar na chave ­ o Jaguares avançou na segunda colocação, mesmo com derrota por 2 a 1 para o Jorge Wilsterman, que ainda não havia vencido no torneio.

O primeiro gol da partida desta terça foi marcado por Rafael Sóbis. Aos 6 minutos do segundo tempo, o atacante recebeu passe de Leandro Damião na área e chutou por baixo do goleiro Klimowicz. Aos 38, foi a vez de Damião marcar após rebote do goleiro em chute de Guiñazu.

A vitória do Inter é a segunda sob o comando do treinador Paulo Roberto Falcão e a quarta da equipe na Libertadores. O resultado deixa a torcida do Inter mais tranquila após a preocupante derrota por 1 a 0 para o Jaguares, na quinta rodada ­ após aquele jogo, Celso Roth foi demitido do comando do clube.

PROJÉTO MISSÃO JIRÉ


Festa de Páscoa do Projéto Missão Jiré,louvor e brincadeira com a juventude da missão. Comandados pelos Jovens,Martim,Mateus e Rafael.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Em Estância Velha

O PROJÉTO MISSÃO JIRÉ RECEBEU MAIS DE 1.000 CRIANÇAS





















No Domingo dia 17 de abril O Projéto Missão Jiré fez sua festa de Páscoa Gratuita,na associação de Moradores do Sol Nascente.


O evento teve muita música, brincadeiras com cama elástica, piscina de bolinhas e muita interatividade com as crianças.





















Os Coelhinhos da Páscoa distribuiram muitos doces,e teve um delicioso cachorro quente com refri.




















O Projéto contou com a visita do Prefeito Waldir Dilkin





















O Prefeito parabenizou o Projéto e seus integrantes,e  num breve discurso salientou a importância do projeto perante a sociedade.


Tivemos a presença do nossos amigos Ricardo Worst das obras,O suplente de vereador Arlindo(gaiteiro),A Vereadora Sonia Brites,Rejano de Paula.


Agradeçemos todos os colaboradores que doaram algo para o Projéto.

E EM ESPECIAL A 3° IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR DO PASTOR LUIS FORTES E A TODOS OS AMIGOS E INTEGRANTES DO PROJÉTO MISSÃO JIRÉ.

sábado, 16 de abril de 2011

Estância Velha
FESTA DE PÁSCOA
Acontece neste domingo, na Associação de Moradores do Sol Nascente, às 14 horas, uma grande festa de Páscoa para as crianças carentes do bairro. O evento é organizado pelos integrantes do Projeto Missão Jiré, que tem como coordenadores o Pastor David Kolln, Rodrigo Kirschner e Schaiani Lemos. Haverá distribuição de cachorro quente e refrigerante e a criançadas poderá se divertir na cama elástica e na piscina de bolinhas.

O que ainda não se falou sobre o atentado em Realengo

Nós temos uma visão clara desta hora.
Sabemos que é de tumulto e de incerteza.
E de confusão de valores.
E de vitória do arrivismo.
E de graves ameaças para o homem.
Mas sabemos, também, que não é esta a primeira
hora de agonia e inquietude que a humanidade vive.

O líder Sheikh Jihad Hassan Hamadeh afirma que o discípulo Wellington Menezes não era muçulmano.
SOBRE PREVISÕES E PROFECIAS
Todo final de ano é a mesma coisa. Jornais, revistas, programas de rádio e televisão dão generosos espaços aos videntes de plantão. De Mãe Dinah a Robério de Ogun, vê-se de tudo em matéria de previsões para o ano que se avizinha. É um vale-tudo onde búzios, cartas e até feijões são utilizados como oráculos do porvir.
Em dezembro de 2000, escrevi uma matéria comentando a insensatez destas supostas previsões e as técnicas utilizadas para prever o futuro. Uma delas é, simplesmente, dizer o óbvio: Um ator famoso morrerá; uma grande catástrofe natural acontecerá; uma descoberta bombástica abalará os fundamentos da ciência, etc. Nada mais factível, nada mais previsível.
Naquela oportunidade – e para encerrar o artigo – arrisquei-me a fazer algumas previsões. Em duas delas fracassei fragorosamente: Yasser Arafat não sofreu nenhum atentado e o Papa João Paulo II não morreu. Muito pelo contrário, ainda se arrastou por longos 5 anos antes sucumbir.
Qual foi minha estratégia? Profetizar coisas óbvias. Arafat sempre foi um alvo ambulante e João Paulo II esmilinguia-se a olhos vistos. Como aprendiz de vidente, falhei. Mas, aplicando a lógica dos videntes-de-final-de-ano – que é "esquecer as previsões falhadas e exaltar algum suposto acerto" – eu fiz uma das maiores previsões da história: No insignificante jornal Informissões (insignificante midiaticamente falando), eu previ nada mais nada menos que os atentados contra o World Trade Center!
Na edição de dezembro daquele ano eu escrevi: "Em setembro [de 2001], uma ação terrorista abalará o mundo". Bingo! No dia 11 de Setembro, Mohamed Atta e sua malta sequestraram 4 aviões comerciais e realizaram os ataques que resultaram em 2.977 mortos.
Como foi que "acertei" a previsão? Fácil. Usei aquilo que popularmente chamamos no Brasil de "chute". Foi uma previsão aleatória. Mas, por que ao invés de "generalizar" eu "precisei" o mês? Fácil também. Usei a lógica dos terroristas do Oriente Médio. Citei o mês de setembro por ser um mês emblemático para eles. Não é a toa que à medida que setembro se aproxima, as autoridades norte-americanas, européias e israelenses entram em estado máximo de atenção.
O fetiche dos terroristas árabes por setembro vem de longe. Inclusive há um movimento terrorista, chamado Setembro Negro, que foi responsável por uma das maiores tragédias da história do Esporte mundial, o Massacre de Munique.
Durante as XX Olimpíadas, que aconteceram em Munique, na Alemanha, membros do Setembro Negro invadiram o alojamento israelense na Vila Olímpica e massacraram 11 atletas judeus. Quando isso aconteceu? Dia 5 de Setembro de 1972.

Atletas que representavam Israel nas Olimpíadas de Munique

Os 11 Israelenses mortos em 1972, em Munique.

Jornal árabe exalta o heroísmo dos terroristas de Munique.
SERIA O BRASIL A BOLA DA VEZ?
"Profetizar" que um atentado islâmico acontecerá em Setembro – de qualquer ano! – não é uma tarefa difícil. Foi o que fiz, em dezembro do ano 2000.
Mas, há outra "profecia" que venho fazendo há anos: Um atentado terrorista acontecerá no Brasil a qualquer momento.
A primeira vez que falei e escrevi sobre isso foi em novembro de 2002, depois que o vendedor ambulante Clodovel Dantas ameaçou passageiros e tripulantes do Vôo 1701 da Gol com uma garrafa de Coca-Cola e dois isqueiros. Claro que se tratava de um doido. Um vendedor ambulante num avião pertencente a uma empresa de ônibus com uma garrafa de Coca-Cola Família cheia de gasolina está mais para piada do que para atentado. Principalmente depois que o homem exigiu que desviassem o avião para Brasília, pois ele desejava assustar os deputados.
Depois deste arremedo de atentado, acontece agora o Massacre de Realengo, no Rio de Janeiro. Seu autor era um jovem comum, de comportamentos banais e até oito meses atrás notabilizou-se apenas por não ser notável.
Discreto, caseiro e educado, Wellington de Menezes não tinha nada de "anormal", a não ser o gosto por jogos violentos, que é, infelizmente um hábito bastante comum nos lares modernos.
Em entrevista à Band News, a irmã de Wellington disse que ultimamente ele andava meio estranho e envolvido com "estas coisas de islamismo".
As entidades muçulmanas apressaram-se em negar que o atirador tivesse ligação com alguma mesquita ou associação islâmica.
Em Nota à Imprensa, , o Presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas, Jamel El Bacha "condenou veementemente" a atitude "do cidadão Wellington Menezes de Oliveira" e afirmou que o mesmo não tinha vínculos com mesquitas ou associações beneficentes (sic) islâmicas "em todo o Brasil".
A Nota à Imprensa foi distribuída na tarde do dia 07 de abril.
Ora, vejamos: Wellington começou a disparar às 08:30h. Por volta das 08:45 foi interceptado pelo 3º Sargento da Polícia Militar Márcio Alexandre Alves e cometeu suicídio. Às 09:05 a notícia começou a repercutir na imprensa. Por volta das 12:00h a rádio Band News entrevistou a irmã do atirador e esta afirmou que Wellington estava muito envolvido com o Islamismo. Por volta das 15:00h a União Islâmica divulgavou Nota à Imprensa dizendo que O CIDADÃO Wellington não tinha nenhum vínculo com mesquitas ou associações islâmicas EM TODO O BRASIL!
Temos aí duas opções viáveis:
1. A União Nacional das Entidades Islâmicas tem um poderoso controle sobre tudo o que acontece no universo islâmico em todo o Brasil, em poucos minutos cruzou todos os dados e chegou à conclusão que Wellington não era um dos seus; ou…
2. A União Nacional das Entidades Islâmicas está mentindo!
Dentre as duas opções, não sei o que você pensa, caro leitor. Quanto a mim, decidi-me pela segunda opção. Além do mais, a nota é precedida da clássica frase: "Em nome de deus (Allah), o clemente, o misericordioso", o que por si só já é sinônimo de descrédito.
Ao longo dos dias que se seguiram ao ataque, algumas coisas interessantes começaram a acontecer. A mais intrigante, foi o fato da Band News ter editado a entrevista com a irmã do atirador, retirando a menção ao islamismo.
Experimentem pesquisar no site da emissora o áudio da entrevista original, completa. Se encontrarem, avisem-me, pois vasculhei a web com todos os sistemas de busca e só encontrei a versão editada.
Nas pesquisas que fiz acabei por deparar-me com uma reportagem de TV que utilizou o áudio da tal entrevista. Esta matéria (disponível abaixo) foi postada por um internauta no Youtube. Procurei o vídeo original no site da emissora e nada.
É claro que o fato das emissoras de rádio e televisão serem do mesmo grupo não tem nada a ver. É claro que o fato de ambas pertencerem a uma família de origem árabe também não tem nenhuma ligação com o sumiço do áudio original. É só uma mera coincidência.

Interessante também foi a analise do "teólogo" (sic) Leonardo Boff depois de ler as cartas do atirador e de ver a foto do seu perfil no MSN. Segundo o autor do best seller água-com-açúcar "A Águia e a Galinha", as declarações de Wellington Menezes não demonstram fundamentação muçulmana, embora sua carta testamento seja um verdadeiro libelo islâmico. Acreditem ou não, Leonardo Boff disse o seguinte sobre o Wellington Menezes: "Ele é da tradição judaico-cristã!"
Sem comentários.
Quanto a mim, até o momento em que escrevo este post, não posso afirmar nada. Fico à espera do que emergirá dos dados que puderem ser salvos do HD do computador do atirador. Até aqui, vejo-o apenas como um desequilibrado que foi influenciado pepal leitura de um dos mais danosos livros jamais escrito: O Alcorão.
Voltando ao argumento do início deste artigo. Continuo a acreditar que se trata apenas de uma questão de tempo para que aconteça no Brasil um grande atentado terrorista de fundamentação islâmica.
Sou Profeta? De forma alguma. Apenas sigo uma lógica. Profetizar é dizer que o Ibis vai ser campeão brasileiro e isso acontecer. Já seguir a lógica, por exemplo, é apostar que o jogador Adriano vai se regenerar depois que a diretoria do Corinthians autorizou-o a ter "um dia de lixo" por semana. Ou seja, de sete em sete dias o Imperador poderá encher a cara. Se sem autorização ele já o fazia, imagine autorizado. Profetizar nesse caso é moleza.
Temo pelo Brasil. Temo pelos judeus brasileiros. Temo por todos os brasileiros. Caetano Veloso já cantou que O Haiti é Aqui. Quem sabe, depois de cantar que "Jesus é palestino", o Timbalada cante O Talibã Tá Aqui.
Termino chamando a atenção para uma coisa que nenhum órgão de imprensa abordou até agora: Afinal de contas, quem foi Tasso da Silveira, homenageado com o nome da Escola de Realengo onde houve o atentado?
Tasso Azevedo da Silveira foi um escritor e poeta que nasceu em Curitiba em 1895 e morreu no Rio de janeiro em 1968. Dois anos depois de morto, foi homenageado dando nome à fatídica escola. Coincidência ou não, são versos de um dos seus poemas que eu utilizei no início deste artigo.
Na sua obra "Intróito", uma poesia de 1932, Tasso da Silveira parece ter tido uma antevisão do que aconteceria nas dependências da instituição de ensino que levaria seu nome:
"Nós temos uma visão clara desta hora / Sabemos que é de tumulto e de incerteza / E de confusão de valores / E de vitória do arrivismo / E de graves ameaças para o homem / Mas sabemos, também, que não é esta / A primeira hora de agonia e inquietude que a humanidade vive".
Na sua poesia, Tasso da Silveira estava a falar do início do movimento Concretista. Eu uso os mesmos versos para alertar, 80 anos depois, para o Intróito (Introdução) da prática de atentados terroristas em solo brasileiro. Infelizmente.
"Quando é chegada a tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está rubro. E, pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Hipócritas, sabeis discernir a face do céu, e não conheceis os sinais dos tempos?" (Mateus 16.2-3).

terça-feira, 12 de abril de 2011

China ameaça o controle dos recursos naturais brasileiros, diz estudo do Ipea

1171 300x183 China ameaça o controle dos recursos naturais brasileiros, diz estudo do IpeaRoberto Stckert/PR
 
Na semana em que a presidenta Dilma Rousseff visita a China em uma viagem que traçará o rumo da relação do Brasil com o país asiático nos próximos anos, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresenta um estudo que aponta que essa relação bilateral pode representar problemas para a economia e para os recursos naturais brasileiros em longo prazo.

O documento "As Relações Bilaterais Brasil-China: A Ascensão da China no Sistema Mundial e os Desafios para o Brasil", o segundo de três estudos da instituição relacionados à China, foi apresentado na sexta-feira, 8 de abril, pelo economista Eduardo Costa Pinto.

Ele destacou que a China é o maior comprador de produtos brasileiros desde 2009 e, ainda este ano, deve ultrapassar os Estados Unidos também como vendedor para o mercado brasileiro. "Foi muito bom que o comércio Brasil-China tenha deslanchado na última década, mas devemos lembrar também que o comércio é apenas a ponta do iceberg nas relações bilaterais", disse o economista.

Costa Pinto destacou um fator que pode representar problemas para a economia brasileira. Como o forte das exportações do Brasil tem sido as commodities (produtos básicos com cotação internacional), especialmente minérios e alimentos agropecuários, o economista argumenta que essa concentração não é desejável. E pergunta: "em caso de exaustão desses recursos primários, o que o Brasil vai fazer?"

Segundo o estudo, embora a China tenha crescido 10% ao ano, em média, nos últimos dez anos, tem como grande limitação da expansão a questão ambiental, e vai atrás dos países que podem suprir suas necessidades, como o Brasil. Tanto que, além de comprar recursos naturais, os chineses também investem na aquisição ou na associação com empresas brasileiras para controlar as explorações, principalmente de minerais.

Costa Pinto disse que só no ano passado os chineses investiram mais de US$ 15 bilhões em nosso País, a maior parte no controle de exploração de minério de ferro em duas jazidas de Minas Gerais, bem como nas áreas de petróleo e siderurgia no Rio de Janeiro. Mas existe também uma preocupação adicional de setores da sociedade brasileira, que é a compra de vastas áreas de terras agricultáveis na Bahia e em Goiás.

Ele enfatizou que a dinâmica comercial e financeira entre os dois países "traz oportunidades para o Brasil no curto e médio prazos, mas se não forem bem aproveitadas poderão representar ameaças no longo prazo". Citou a perda de participação de nossas exportações para outros competidores, perda do controle estratégico sobre fontes de energia, principalmente petróleo, e de recursos naturais, como terras e minas, que podem acarretar em "aumento da vulnerabilidade externa estrutural".

Segundo ele, o Brasil tem que avançar em três pontos fundamentais:

• Melhorar os instrumentos de regulamentação, regulação e fiscalização da compra de terras e de recursos naturais pelos chineses;

• Utilizar mais ativamente os instrumentos disponíveis de defesa comercial no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC);

• Negociar com o governo chinês condições isonômicas para a entrada e operação de empresas brasileiras em setores restritos a empresas chinesas.

Em sua viagem à China, Dilma Rousseff deve assinar cerca de 20 acordos comerciais nas áreas de tecnologia, agricultura, esporte, educação e comércio. Segundo a embaixada brasileira, o principal objetivo é diversificar as exportações e reforçar a reciprocidade entre os países.