segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Marina parabeniza Dilma por ser eleita

Em entrevista à imprensa na noite deste domingo (31), Marina Silva (PV) parabenizou Dilma Rousseff (PT) pela vitória da petista na disputa à sucessão ao Palácio do Planalto.

“Aquela que foi durante todo este processo eleitoral a candidata de uma parte, a partir deste momento passa a ser a escolhida pela sociedade brasileira para, como Presidente da República, representar a todos nós”, afirmou Marina na coletiva de imprensa concedida em sua residência na asa Sul de Brasília.

Campanha de Marina declara R$ 24 mi em doações

Cerca de R$ 24 milhões foram doados à campanha da senadora Marina Silva (PV) ao Palácio do Planalto. Terceira colocada no primeiro turno, Marina recebeu dinheiro de pequenos doadores, que contribuíram por meio de cartão de crédito, e de grandes empresas, como construtoras e bancos. O maior doador foi Guilherme Peirão Leal, candidato a vice na chapa e acionista da empresa de cosméticos Natura. De acordo com a prestação de contas disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele doou quase R$ 12 milhões.

Outros grandes doadores foram as construtoras Andrade Gutierrez, com R$ 1,1 milhão, e Camargo Correa, com R$ 1 milhão, o banco Itaú Unibanco, com R$ 1 milhão, as fabricantes de aviões Embraer, com R$ 425 mil, e de bebidas Ambev, com R$ 400 mil, e a empresa Suzano Papel e Celulose, com R$ 532 mil. Um dos homens mais ricos do mundo, o empresário Eike Batista também está entre os doadores da campanha de Marina Silva. Ele contribuiu com R$ 500 mil.

Pela prestação de contas protocolada no TSE, a campanha de Marina informou que as despesas e receitas foram iguais. Assim como ocorrerá com todos os candidatos, as contas de Marina terão de ser julgadas pelos ministros da Corte. Todos os candidatos que não foram para o segundo turno têm até o final do dia de hoje para apresentar as suas prestações de contas à Justiça Eleitoral. Em alguns Estados, os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) prorrogaram esse prazo para até amanhã por causa do feriado de Finados.

PSDB aumenta domínio nos governos estaduais

Com os resultados do segundo turno das eleições, ontem, no Distrito Federal e em oito Estados, PSDB e DEM expandiram seu controle sobre um núcleo de administrações estaduais de oposição ao Palácio do Planalto que, com a eleição de Dilma Rousseff, será comandado por mais quatro anos pelo PT.

Computadas também as vitórias que tiveram no primeiro turno, tucanos e democratas consolidarão, com o comando de dez Estados (oito do PSDB e dois do DEM), a partir de 1.º de janeiro, uma espécie de corredor de governos antipetistas que começa na Região Sul, pega a maior parte do Sudeste, sobe pelo Centro-Oeste e vai acabar no Norte.

Em linhas gerais, e com algumas exceções, os partidos da base governista vão ficar concentrados nas 'pontas' do mapa - a maior parte do Nordeste, Espírito Santo e Rio, Rio Grande do Sul e, no outro lado, Mato Grosso, Rondônia, Acre e Amapá.

O 'corredor oposicionista' começa em Santa Catarina, sobe pelo Paraná e São Paulo, entra para o interior em Minas Gerais, avança para o oeste em Goiás, sobe para Tocantins, depois Pará e vai acabar em Roraima. Desse grupo de Estados, apenas os catarinenses serão governados pelo DEM - os demais terão governos tucanos.

Somados, seus votos equivalem a 49,14% dos 135.804.433 de eleitores brasileiros. Se forem computados os votos de outros dois governos oposicionistas - Rio Grande do Norte, do DEM, e Alagoas, do PSDB -, serão 71.023.787 de eleitores, mais da metade do total - 52,3%. O cruzamento das votações de presidente e governador, contudo, mostrou diferenças. Em várias unidades da Federação, a votação dos candidatos a presidente não seguiu os votos para governador.

Nos nove pleitos do segundo turno realizados ontem, o PSDB venceu em quatro Estados; o PSB, em outros três; e PT e PMDB conquistaram, cada um, uma administração estadual.

Governistas

A base do governo obteve também algumas vitórias importantes no segundo turno. O PSB, por exemplo, ganhou os governos de Piauí, Amapá e Paraíba, somando-se às vitórias no primeiro turno em Pernambuco (onde reelegeu o governador Eduardo Campos), no Ceará (onde também reelegeu Cid Gomes) e no Espírito Santo (onde chegou à vitória com Renato Casagrande). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.